O objetivo do Palmeiras para 2017 está definido: Mundial de Clubes. Para chegar a ele, é preciso ganhar a Libertadores e o investimento repete o que aconteceu em 1999. Naquela época, Felipão montou o elenco pensando em ganhar três competições simultâneas. Tinha o dinheiro da Parmalat e contratou Euller e Evair para a reserva de Paulo Nunes e Oséas. No segundo semestre, ainda chegou o colombiano Faustino Asprilla.
O Palmeiras foi campeão da Libertadores, vice paulista e semifinalista da Copa do Brasil. Deu muito certo e levou ao troféu mais valioso da história do clube. Só não foi possível ganhar do Manchester United na final do Mundial, da qual Evair saiu reclamando por não ter chance como titular, preterido por Asprilla.
Apesar de os R$ 78 milhões anuais representarem o maior contrato de patrocínio da América do Sul, ainda não há nível de comparação entre a era Crefisa e a supremacia econômica do Palmeiras em parceria com a Parmalat, nos anos 90. O clube fechou 2017 com sua maior receita em todos os tempos, mas não a maior entre os clubes brasileiros - o Flamengo faturou mais.
É um dos motivos que tornam impressionante a agressividade do Palmeiras no mercado de contratações. Já chegaram as revelações Raphael Veiga e Hyoran, do Coritiba e da Chapecoense. Dois experientes em Libertadores, como Keno e Michel Bastos. Felipe Melo pode ser anunciado nesta semana e Willian, do Cruzeiro, é o objetivo para ser o herdeiro de Gabriel Jesus. Em comparação com Pratto e Borja, Willian movimenta-se mais, mantém o ataque parecido com a característica do Brasileirão. Também já foi anunciado o venezuelano Alejandro Guerra, eleito o melhor jogador da Libertadores.
As escolhas agradam ao técnico Eduardo Baptista, de férias nos Estados Unidos. Há ponderações. Pode haver até sete titulares acima de 31 anos. "Temos experiência para a Libertadores. A equipe não fica velha, porque temos muitos jovens", diz Alexandre Mattos.
| Editoria de Arte/Folhapress |
 |
Há mais gente da comissão técnica animada com a possibilidade de mesclar o elenco durante a temporada. Se chegar a todas as finais, o Palmeiras fará 80 partidas oficiais na temporada - em 1999, foram 84.
O investimento desperta críticas de rivais. No Flamengo, comparam as folhas de pagamento e afirmam que se gasta o dobro por mês no Allianz Parque. No Santos, a reclamação é de que Alexandre Mattos vai atrás de jogadores que o Santos iniciou negociações. Foram os casos de Keno e Guerra.
Fato é que o Palmeiras terá pelo menos dois jogadores por posição. Em algumas, com requinte. Fernando Prass e Jaílson no gol, Zé Roberto, Egídio e Fabrício na lateral, Guerra, Michel Bastos, Moisés, Raphael Veiga, Hyoran e Tchê Tchê nas meias.
Porque havia mais jogadores indiscutíveis dezoito anos atrás, ainda não parece igual à campanha de 1999, com Alex, Zinho, Paulo Nunes, Euller, Evair, Asprilla, César Sampaio, Júnior Baiano, Marcos, Velloso, Sérgio, Arce, Roque Júnior, Júnior...
Mas se a mescla for bem cuidada e Eduardo Baptista conseguir confirmar-se como o técnico ideal, o Palmeiras será muito forte em 2017.
GUARDIOLA
Em 29 jogos pelo Manchester City, Guardiola tem seis derrotas. Nas primeiras 29 partidas pelo Bayern, só um revés, exatamente contra o City. Pelo Barcelona, três derrotas em 30 jogos, para Numancia, Shakhtar e Wisla Cracóvia. O Campeonato Inglês é mais difícil.
RECORDE
No Chelsea, Antonio Conte já dirigiu 22 jogos e perdeu três. Só que coleciona 13 vitórias seguidas e alcançará o recorde de triunfos consecutivos, empatado com o Arsenal de 2002, se vencer o próximo compromisso, contra o Tottenham, quarta-feira.
