Folha de S. Paulo


Libertadores dos recordes

O Once Caldas deve ser o rival do Corinthians no primeiro confronto da Libertadores, em fevereiro. A confirmação acontecerá hoje à tarde. Se o Santa Fé vencer ou empatar com o Independiente de Medellín será campeão do Torneio Finalización, e isso jogará o Caldas para o encontro com o Corinthians, por ser o time com maior soma de pontos nos dois turnos da Colômbia.

Com o Once Caldas, serão 14 campeões do passado no torneio.

Recorde!

Os cinco representantes brasileiros já ganharam o troféu. Também é recorde! A última vez que todos os participantes do Brasil já tinham o título no currículo foi em 1997, mas naquela época só havia dois clubes por país –Grêmio e Cruzeiro.

Dos cinco clubes considerados gigantes na Argentina, quatro estão confirmados: Boca Juniors, River Plate, San Lorenzo e Racing, todos campeões.

A quinta vaga é do Huracán e a sexta será do Vélez, vencedor em 1994, ou Estudiantes, que ganhou em 1968, 1969, 1970 e 2009. A única Libertadores com número tão grande de campeões foi a de 2011 –14 também.

Apesar de tantos times tradicionais, as últimas três edições tiveram campeões inéditos –Corinthians, Atlético-MG e San Lorenzo. Nos últimos vinte anos de Liga dos Campeões só houve dois campeões inéditos –Borussia Dortmund em 1997 e Chelsea em 2012.

Não há comparação do ponto de vista técnico. Os clubes europeus contratam os principais jogadores do planeta. A elite argentina, colombiana, brasileira, uruguaia... Há mais craques, mais gols, mais organização, mais beleza. Na Europa, só uma coisa é menor: equilíbrio.

Houve 13 campeões invictos na história da Liga dos Campeões, desde 1956. Na Libertadores só sete –o último, o Corinthians em 2012.

De todas as marcas exclusivas da edição de 2015, uma é a mais empolgante: Corinthians e São Paulo no mesmo grupo, que se enfrentarão na primeira rodada se o Corinthians conseguir a classificação.

Entre os dois, o São Paulo reforça-se melhor, por enquanto. Thiago Mendes foi a principal revelação do último Brasileirão. Joga bem como segundo volante, como meia, atuou bem até como ponta-direita quando Ricardo Drubscky escalou o Goiás no 4-3-3. Jogou mais do que Wesley, outro reforço para o meio de campo. O lateral Bruno, ex-Fluminense, também é ótimo.

O Corinthians não tem tantas contratações, mas um bom motivo para ter esperança: Tite. Quem convive com o técnico sabe que a decisão de voltar não foi simples. O coração balançou e a cabeça pensou no Beira-Rio, entre outros motivos porque, se não ganhar a Libertadores e o Mundial, terá feito menos do que em sua segunda passagem, entre 2010 e 2012.

Mas ganhar... Dos técnicos brasileiros, só Lula, Telê Santana, Felipão e Paulo Autuori venceram duas vezes. Em três anos de contrato, Tite pode ampliar a lista de recordes.


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