Folha de S. Paulo


Casa com maior coleção de arte do país está à venda por R$ 36 milhões

A casa que abriga a maior coleção particular de arte da cidade está à venda

Kim Esteve, um dos maiores colecionadores de arte do país, colocou sua casa no mercado. A propriedade, num condomínio na Chácara Flora, zona sul paulistana, tem quatro quartos, piscina, edícula e uma galeria com centenas de obras assinadas por Iberê Camargo, Tomie Ohtake, Tunga e outros, que a fez ganhar o apelido de Masp Particular.

O septuagenário afirma que a casa ficou muito grande para ele. "Meus filhos agora vivem no exterior", diz Esteve. Uma imobiliária pede R$ 26 milhões pelo imóvel. No site de outra, a casa é ofertada por R$ 36 milhões. O advogado da família afirma que Esteve não teve decisão sobre os valores.

A casa foi construída na década de 1920 e foi amealhada por Esteve nos anos 1970. Conforme sua coleção de arte foi crescendo, ele foi construindo novos cubos brancos anexos à casa, até erguer uma galeria com centenas de metros quadrados onde era um dos jardins.

Era lá que ele fazia uma festa paralela à Bienal de Arte de São Paulo que atraía mercadores de arte e artista de todos os mundos. Sentaram-se no bar de madeira escura da casa criadores como Helio Oiticica e Wesley Duke Lee. Foi no jardim, sob um pé de primavera, que a performer sérvia Marina Abramovic experimentou caipirinha.

"É um imóvel maravilhoso, muito peculiar. Mas acaba sendo tão peculiar que é quase 'micado'", diz um dos pelo menos cinco corretores que trabalham pela venda -e pela comissão milionária que embolsaria com ela. "Só um outro morador de alto padrão que tenha tanto amor pela arte pode ocupar essa casa", diz uma vendedora.

As centenas de obras de arte não o acompanharão para seu novo destino. "Uma parte será vendida e outra parte será doada para museus", diz Esteve.

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EI, VOCÊ Aí, ME DÁ UM MONEY AÍ
Um vendedor de panos de prato mostra qualificação na rua Oscar Freire. Ericsson Petterson oferece seus produtos em inglês, francês, espanhol e italiano. "Por enquanto só sei as frases básicas, mas quero estudar e aprender com o pessoal que passa por aqui mesmo", diz Petterson.

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ALGUÉM AÍ TEM UMA EXPOSIÇÃO?

Davi Ribeiro/Folhapress
Fila para exposição do MIS
Fila para exposição do MIS

Apesar do sucesso de audiência da exposição de Tim Burton em cartaz, o Museu da Imagem e do Som precisa lidar com uma questão de ausência. Uma exposição que estava marcada para o segundo semestre foi desmarcada por falta de patrocinadores. O museu agora busca uma mostra dentro do seu orçamento para fechar a agenda de 2016.

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O CENTRO DÁ ADEUS À USS ENTERPRISE
Uma das lojas mais peculiares da cidade está para fechar. A USS Brazil, que vendia brinquedos e itens sérios relacionadas a séries de ficção científica (especialmente a "Star Trek", que emprestava o prefixo de suas naves para o nome do comércio) ostenta uma placa de aluga-se na vitrine. O imóvel, numa galeria da rua Rêgo Freitas, ficou famoso na na década de 1990, quando os funcionários vestiam uniformes iguais aos dos tripulantes da nave USS Enterprise. "Mas continuaremos vendendo pelo site", diz a dona, Elisa Pacce.


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