Folha de S. Paulo


Após acusação de desvio, Municipal revê contratos com administradora

O Theatro Municipal tenta reaver o controle dos seus gastos, enquanto um ex-diretor é investigado por superfaturar obras e pedir propina

No dia 17 do último dezembro, esta Folha publicava a notícia de que José Luiz Herencia, diretor do Municipal até novembro de 2015, era investigado por um rombo de dinheiro público que a Controladoria Geral do Município e o Ministério Público calculavam alcançar R$ 20 milhões.

Eduardo Anizelli/Folhapress

No mesmo dia, o conselho fiscal da FTM (Fundação Theatro Municipal) se reuniu a portas fechadas. Na conversa, de horas, discutiu-se como o Municipal poderia ter mais controle sobre o destino do seu dinheiro.

A solução encontrada foi rever o contrato com o IBGC, entidade civil sem fins lucrativos que administra parte do orçamento do Municipal. Em 2014, por exemplo, o IBGE administrou os gastos de R$ 55 milhões do orçamento do teatro, em custos artísticos e de material para o prédio.

Cogitou-se romper o contrato, dizem pessoas que estava na sala. Mas, após levar em conta a multa de milhões de reais, o diretor do Municipal, Paulo Massi Dallari, achou solução alternativa. Destacou um servidor interno, para cuidar exclusivamente da auditoria interna do órgão.

Após esse anúncio ser feito, um conselheiro pediu desligamento do grupo. Outros dois devem se aposentar antes de julho de 2016.

O orçamento da FTM em 2016 ficará em torno de R$ 99 milhões, mais um montante captado por leis de incentivo (dos R$ 16 milhões autorizados, foram arrecadados R$ 2 mi).

Procurados com questões sobre como será o novo contrato, IBGC e Fundação Theatro Municipal preferiram não se pronunciar.

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E A CIDADE VAI NO TRÁ TRÁ TRÁ TRÁ

Heber Barros/Divulgação
Tays Reis, da banda Vingadora, em cena do clipe de
Tays Reis, da banda Vingadora, em cena do clipe de "Paredão metralhadora"

A Banda Vingadora, que emplacou "As que comandam vão no trá, trá, trá, trá" como o refrão do Carnaval 2016, fez seu primeiro show na cidade de São Paulo na quinta (18). Todos os membros, inclusive a vocalista Tays Reis, ficaram num hotel três estrelas no largo do Arouche durante a temporada de dois dias, em que gravaram participações nos programas de Gugu e de Sabrina. Não tiverem tempo para passeios.

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A MALDIÇÃO DO MUSICAL 'WICKED'

Pedro Dimitrow/Divulgação
Myra Ruiz faz a bruxa Elphaba em
Myra Ruiz faz a bruxa Elphaba em "Wicked"

O musical "Wicked" teve problemas de direção em sua versão brasileira. O diretor escalado para comandar a adaptação do espetáculo discordou de algumas ideias de Lisa Leguillou, diretora americana que viaja pelo mundo supervisionando as adaptações do texto da Broadway, e teve de ser substituído às pressas. Para seu lugar foi escalada Rachel Ripani, cujo nome não constava nos primeiros programas da peça. Procurada, a T4F, que produz a peça, não se manifestou. "Wicked" tem estreia prevista para 4 de março, no teatro Renault, no centro.

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WHEY PROTEIN VIROU FOOD TRUCK
Duas modas paulistanas deram cria: abriu-se um food truck que só serve alimentos sem glúten, como pão de queijo de batata-doce e shakes de whey protein (proteína isolada do leite) com leite de amêndoas. O carrinho de comidas naturebas fica estacionado em frente à academia Le Cinq Gym, nos Jardins.


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