Os moradores de uma rua em Higienópolis se rebelam contra a derrubada de 13 das 20 árvores dali, determinada pela prefeitura
Oito horas da manhã do domingo, 24, véspera de feriado. Enquanto a cidade está às moscas, a rua Pernambuco, que ocupa uma quadra de Higienópolis, está repleta.
Houve quem nem viajasse para estar ali, na calçada, tentando impedir que uma equipe de seis funcionários corte a maior parte das plantas que dá um tom verde ao céu naquele trecho. A decisão havia sido publicada dois dias antes, no Diário Oficial municipal.
"Vamos nos mobilizar para impedir a derrubada e salvar essas árvores, cuidar delas com nosso dinheiro", diz Isabel Pestana.
A agrônoma contratada pela prefeitura tenta convencer que as árvores foram examinadas e apresentam perigo de queda. Um engenheiro foi comissionado pelos moradores para dar um segundo parecer quanto à saúde das árvores. "É, essas estão podres mesmo", diz, olhando para um tronco oco, tão fino que se pode ver através dele.
"É, parece que vão outras ainda, depois dessas", diz Mauro Tadeu, chefe da equipe da prefeitura, analisando outras árvores, enquanto há um início de discordância entre os moradores. "Tudo o que está acontecendo aqui foi graças a mim, sozinha, e não à associação", diz uma vizinha, enquanto entra no seu prédio.
Ela se refere à associação de moradores da rua, que ressurgiu após anos ociosa, e se mobilizou para impedir a derrubada. O grupo é financiado pelos prédios, que pagam R$ 2.000 cada um. O condômino o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi um dos que aderiu ao rateio.
No meio da semana, a associação desistiu de entrar com uma liminar barrando o desmatamento, porque entendeu que as árvores estavam irremediáveis. Ficou combinado que os exemplares serão substituídos por paus-terra, árvore nativa.
O dia termina com a derrubada de duas árvores: o jacarandá mimoso em frente ao número 147 e o jacarandá rosa que fazia sombra no 120 já foram ao chão.
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A COPEIRA GATA
Faz sentido que Elizabete Pereira, 22, trabalhe em um salão de beleza. A baiana, que chegou à cidade há um ano, recebe elogios com frequência enquanto serve café e água..Uma cliente inclusive a usou de modelo em um ensaio fotográfico.
| luisadorr/Folhapress | ||
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| Elizabete Pereira, que trabalha no salão de beleza Diva, na Vila Madalena |
É verdade que você não se achava bonita até há pouco?
Sim, é verdade. Eu não me achava nada bonita. Eu nem gostava de olhar no espelho
E como passou a se gostar?
Tem um ano para cá. Deus fez minha percepção mudar. Sou crente, e foi com a fé que eu descobri a gostar de mim. Não vou mais pela impressão dos outros.
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CRISE NO AR E NA CASA DAS PRIMAS
O Duty Free Shop de Congonhas passou a mandar vouchers com desconto de 10% para o e-mail de passageiros com viagem comprada. Já o Café Photo, casa de diversões adultas no Itaim Bibi, bolou a campanha Eu Vou 500: oferta, por R$ 500, uma garrafa de vodca ou meia hora de entretenimento adulto.
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LEGIÃO DA BOA GRIFAGEM
Renato Ratier, dono da boate D.Edge, decidiu viver mais leve. Doará as peças ociosas do guarda-roupa que não vendeu. "Eu quero pendurar nas ruas e deixar para quem quiser pegar, de graça", diz. Ainda não se sabe quando e onde será estendido o varal.
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ESCONDIDINHO: LEANDRO CUNHA, ARTISTA PLÁSTICO
O viveiro fica no parque Ibirapuera, mas parece que você está em outro planeta. Confesso que quando soube da morte do David Bowie, foi para lá que eu me dirigi. Estava chovendo e deserto, mas para mim foi bom
Viveiro Manequinho Lopes - av. Quarto Centenário altura do nº 1.268
| Christian von Ameln/Folhapress | ||
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| Viveiro Manequinho Lopes, no parque Ibirapuera |
"O viveiro fica no parque Ibirapuera, mas parece que você está em outro planeta. Confesso que quando soube da morte do David Bowie, foi para lá que eu me dirigi. Estava chovendo e deserto, mas para mim foi bom"
Viveiro Manequinho Lopes - av. Quarto Centenário altura do nº 1.268