Folha de S. Paulo


A política externa de Alckmin

Em balanço sobre a política externa do Estado de São Paulo nos últimos quatro anos, o governador Geraldo Alckmin dá uma "polida" em suas credenciais internacionais, de olho em 2018.

Em relatório recheado de fotos suas com líderes como François Hollande, presidente da França, o governador passa a mensagem de que governar São Paulo é quase como governar um país.

"O governo de São Paulo adotou uma vigorosa e inovadora política internacional. Sendo a economia regional mais pujante de todo o Hemisfério Sul, São Paulo abriu as suas portas ao mundo para trazer para o nosso Estado o melhor que o mundo tem a oferecer", diz Alckmin na apresentação do relatório "Estado de São Paulo, player global", organizado por Rodrigo Tavares, chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais.

Em sintonia com as críticas do PSDB à política externa dos governos Lula e Dilma, nos quais houve pouca ênfase em acordos comerciais, ele afirma: "Isolamento é sinônimo de perda de competitividade".

O volume lista os mais de 200 acordos internacionais fechados pelo Estado e acordos bilaterais com países como França, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, em áreas como recuperação de rios, educação, intercâmbio de alunos de escolas estaduais, governança.

Há até espaço para gafes, ao listar a "consultoria em uso racional da água, planejamento e gestão ambiental" que a Sabesp dá para o Panamá.

Alckmin deve manter essa ênfase na internacionalização no próximo mandato e estuda abrir uma agência que uniria a Investe SP, comércio exterior e relações internacionais, além de englobar a Secretaria de Turismo, que deixaria de existir.

O nome mais cotado para dirigir essa agência é Roberto Giannetti, ex-secretário-executivo da Camex no governo FHC.


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