Folha de S. Paulo


Gigantes se unem para a guerra mundial de mídia, em streaming

O "Financial Times", primeiro a noticiar o acordo, destacou depois que ele marca o início de um "conflito mundial de mídia", em vídeo: Disney e Fox de um lado, Netflix e Amazon Prime Video de outro.

Rupert Murdoch, dono da Fox, em entrevista à Sky News (parte de outro grupo que ele está comprando e depois deve ficar com a Disney), afirmou que o negócio nasceu para isso, numa conversa com o presidente da Disney:

— Começou com Bob Iger, sentado na minha adega, conversando sobre as forças de disrupção e os nossos negócios.

Netflix e Amazon são as "forças de disrupção", o inimigo externo que conseguiu unir Disney e Fox.

A cobertura posterior se dividiu entre defensores e opositores da nova aquisição de Iger, ele que na última década comprou Pixar, Marvel e Lucas e dominou Hollywood.

Para o "FT", Netflix e Amazon estão vulneráveis, porque ainda dependem do conteúdo produzido por Disney e Fox, que agora controlam um concorrente em streaming, o Hulu.

Para a Bloomberg, por outro lado, "a empresa combinada ficará presa à TV a cabo, e a TV a cabo vai morrer".

simpsons

NOVA PROFECIA

Como lembrou no tuíte acima, o programa "Os Simpsons", que é da Fox, previu em 1998 a compra da Fox pela Disney.

TRUMP LIGOU

Gabriel Sherman, repórter da "Vanity Fair" especializado em Fox, informou que "Trump falou com Murdoch antes do negócio para ter certeza de que ele não estava vendendo a Fox News".

DESQUALIFICADO

O "USA Today", jornal que jamais apoiou candidato a presidente nos EUA, não se conteve diante de tuítes recentes de Trump, defendendo republicano acusado de pedofilia e ofendendo uma democrata. Escreveu, em editorial:

— Um presidente que praticamente chama uma senadora de puta é desqualificado para limpar o banheiro da biblioteca presidencial de Barack Obama ou engraxar os sapatos de George W. Bush.

Foi chamado por leitores republicanos de "fake news".


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