Folha de S. Paulo


Blackwater propõe e Trump analisa contratação de uma CIA privada

O site "The Intercept" noticiou que a empresa privada de segurança militar Blackwater propôs e o governo Trump analisa a contratação de "uma rede privada e global de espionagem", para se contrapor ao que a direita americana chama de "estado profundo", da comunidade de inteligência do país.

A principal repórter de Casa Branca do "New York Times", Maggie Haberman, que acompanha Donald Trump desde os tempos de incorporador imobiliário em Nova York, avisou que ele é "paranoide" e contratava serviços semelhantes quando empresário. Ou seja, não seria surpresa contratar agora uma CIA privada.

Reprodução/'New York Times'

MERCADO

No "NYT", longa reportagem informou que, diferentemente da "história oficial", publicada ao redor do mundo e no próprio jornal, "evidências analisadas por especialistas parecem mostrar que o míssil" lançado por forças iemenitas contra o aeroporto da capital saudita "sobrevoou as defesas" e errou a pista por metros. Foi um mês atrás, e a reação de Trump então foi:

— Nosso sistema parou o míssil no ar. Ninguém produz o [antimísseis] que produzimos, e agora vamos vendê-lo ao redor do mundo.

O jornal acrescenta que, "na Guerra do Golfo, os EUA reivindicaram um histórico quase perfeito de derrubada dos [mísseis] Scud, mas análises posteriores descobriram que quase todas as interceptações haviam falhado".

'FORMALIZAR'

Mal surgiu a informação e o "NYT publicou no alto da home, com mais destaque que a notícia, o artigo "É claro que Jerusalém é a capital de Israel", escrito por Shmuel Rosner, editor do "The Jewish Journal". Afirma que "Trump vai formalizar o que todos os israelenses sabem".


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