Folha de S. Paulo


'Exército de espiões' do produtor Harvey Weinstein calou até David Carr

Reprodução/'The New Yorker'

Em reportagem que avançou pela noite ecoando entre jornalistas americanos, Ronan Farrow escreveu na "New Yorker" sobre "O exército de espiões de Harvey Weinstein".

No subtítulo, "Executivo de cinema contratou investigadores, inclusive ex-agentes do Mossad, para seguir atrizes e jornalistas".

Mais especificamente, contratou a Black Cube, "dirigida por ex-oficiais do Mossad e de outras agências de inteligência israelenses", e a Kroll, "uma das maiores empresas de inteligência corporativa do mundo".

Pelo relato, a Kroll seguiu e conseguiu calar David Carr, o falecido e venerado colunista de mídia do "New York Times", que soube mas nada publicou sobre abuso de Weinstein, supostamente por temer retaliação.

Segundo Farrow, Weinstein contratou, para abafar notícas de seus casos de assédio, o célebre advogado liberal David Boies, que trabalhava também para o "NYT" —o jornal que por fim derrubou o produtor de Hollywood.

TITÃ

O "NYT", que desta vez se associou ao consórcio jornalístico para investigar os chamados Paradise Papers, abriu a manchete "Como titãs de negócios, realeza e estrelas pop escondem seu dinheiro" em paraísos fiscais.

Mencionou Bono, Madonna, Jay-Z, Beyoncé e a rainha Elizabeth, até chegar ao "democrata proeminente" George Soros e congêneres republicanos.


Endereço da página: