Na manchete do madrilenho "El País", à noite, "Governo impede pela força o referendo ilegal da Catalunha".
Não impediu, para os jornais "La Vanguardia" e "El Periodico", de Barcelona, que deram enunciados semelhantes, dizendo que o presidente regional "abre a porta para declaração de independência, a partir dos resultados".
Em editorial abaixo da manchete, o "El País" atacou a "insurreição" catalã. Mais embaixo, destacou em título, do presidente (primeiro-ministro) espanhol: "Fizemos o que tínhamos que fazer" .
Julian Assange, do WikiLeaks, que se tornou protagonista na cobertura, entrou com os "resultados oficiais": 90,09%, sim; e 7,87%, não. Votaram 2,2 milhões, mas "cerca de 700 mil cédulas preenchidas foram apreendidas pelas forças espanholas e não entraram na conta".
Reprodução/'El País' | ||
MENTIRAS
O "El País" e o "publisher" do WikiLeaks trocaram ataques ao longo das semanas que antecederam a votação. Assange desde logo acusou o jornal e outro madrilenho, "ABC", de produzir uma "torrente de mentiras".
O "El País", em resposta, publicou um texto listando "A 'repressão muito grave' da Espanha na Catalunha e outras sete mentiras de Assange", acima.
FRACASSO
No início da noite, o "New York Times" ainda se esforçava por não tomar partido, "Caos, conforme a Espanha tenta bloquear o voto de independência da Catalunha".
Já o "Financial Times" foi direto, em sua manchete: "Catalães desafiam Madri em votação clara por independência". E o alemão "Süddeutsche Zeitung", mais ainda: "Madri fracassou".
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Reprodução/'The Guardian' | ||
O PIOR
No jornal britânico "The Guardian", "o pior mês da história em queimadas", no Brasil, é creditado à ação humana.