Folha de S. Paulo


Apple oferece 'o futuro' por US$ 1.000 e ações caem; Xiaomi lança Mi Mix 2

No topo do Techmeme, agregador de referência do Vale do Silício, a lista de novidades do iPhone X, como a tela em "Super Retina" e sem bordas, a identificação por face e não por toque etc. Em suma, no destaque do "Verge", ecoando o presidente da Apple, "o futuro do smartphone".

De quebra, foi oferecido "um primeiro olhar sobre o campus da Apple", desenhado por Norman Foster + Partner's.

Avessos à festa, "Wall Street Journal" e "Financial Times" abriam manchetes para os US$ 999, "Apple testa novo limitar de preço". No segundo destaque do "WSJ", linkado no "Drudge Report", "Ações da Apple perdem terreno depois de lançamento".

O "Washington Post" de Jeff Bezos (dono da Amazon) e o "Recode", site mais tradicional de notícias de tecnologia nos EUA, arredondaram, citando "o iPhone de US$ 1.000" em seus enunciados.

Do outro lado do mundo, o "South China Morning Post" de Jack Ma (dono do Alibaba) noticiou o lançamento um dia antes do Mi Mix 2, smartphone com corpo único em cerâmica, desenhado por Philippe Starck, por 4,699 yuan (US$ 720). Os luxuosos aparelhos da Xiaomi, chamados pelo jornal de "iPhone killers", deixaram os da Apple para trás no mercado chinês.

E outro fabricante chinês, Huawei, mais popular, tornou-se em junho o maior vendedor de smartphones no mundo.

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No 'Financial Times', o empreendedorismo chinês que fez surgirem milhões de bicicletas conectadas por internet no país
No 'Financial Times', milhões de bicicletas conectadas pela internet surgiram em um ano e meio na China

AVENTURA

No "FT", Michael Moritz, sócio da empresa de "venture capital" Sequoia, do Vale do Silício, escreve que o "exército de empreendedores chineses encara o futuro com senso de aventura sem igual" e "está deixando América para trás".

Cita desde "milhões de bicicletas conectadas pela internet que surgiram das maiores cidades chinesas nos últimos 18 meses" até a DJI, de Shenzhen, "que fabrica 70% de todos os drones vendidos ao redor do mundo". Mas dá como "exemplo mais impressionante" as duas gigantes chinesas de pagamento eletrônico, Alipay e WeChat Pay.

NEGOCIAÇÕES

Steve Bannon, ex-estrategista-chefe da Casa Branca, está em Hong Kong e, em entrevista ao "SCMP", manchete do jornal, afirmou que o "conflito pode ser evitado" entre EUA e China. Segundo ele, Trump pediu a investigação sobre "furto de propriedade intelectual" pela China para recompor o comércio bilateral, em seguida, com "série de negociações".

O "WSJ" noticiou que, em evento na cidade chinesa, Bannon saiu falando que conversa com Trump a cada dois, três dias.

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FASCÍNIO

A alemã "Deutsche Welle" fez reportagem sobre o "fenômeno do fascínio" com a Coreia do Norte demonstrado pelos brasileiros, "os que mais buscam [o tema] no Google".

Entre as explicações, dadas por acadêmicos, estão o desafio do "pequeno país à maior potência militar do mundo"; o risco da guerra nuclear para a economia chinesa, "maior parceiro comercial do Brasil"; o reflexo da "lógica binária" presente hoje na sociedade brasileira; e simplesmente "o medo".


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