Folha de S. Paulo


Bannon e Cohn racham a Casa Branca sobre guerra comercial com a China

zhanlang

'Lobo': O 'NYT' noticia que 'Zhan Lang 2', filme sobre um soldado das forças especiais chinesas que enfrenta um cruel mercenário americano na África, bateu em apenas três semanas o recorde de bilheteria na China **

Na submanchete do "Wall Street Journal", Wall Street sofreu a maior queda em três meses, após série de recordes. E não foi por causa do terror em Barcelona, mas por duas reportagens.

Na primeira, o estrategista-chefe da Casa Branca, Steve Bannon, ligou para a "American Prospect" e falou:

— Estamos em guerra econômica com a China... Para mim, a guerra econômica com a China é tudo. Temos que nos concentrar nisso como maníacos.

Acrescentou, sobre seus adversários na Casa Branca: "Esta é uma luta que eu luto todos os dias, tem Gary Cohn e o [lobby do] Goldman Sachs".

Cohn, ex-presidente do banco e hoje diretor do conselho econômico de Donald Trump, resiste às guerras comerciais defendidas por Bannon (que, curiosamente, também trabalhou no Goldman Sachs).

A outra reportagem saiu no "New York Times" e noticiou que Cohn, "que é judeu, está 'enojado' e 'profundamente perturbado' pelas declarações do presidente" sobre os neonazistas na Virgínia.

O canal financeiro CNBC creditou a queda na bolsa a especulações do mercado de que Cohn poderia se demitir e já prevê um "crash" se ele, de fato, sair. A Casa Branca precisou soltar nota, garantindo que continua.

O "Financial Times", por fim, destacou no início da noite que Bannon e Cohn "estão no centro da luta pelo poder" nos Estados Unidos.

CABALA

O "NYT" publicou editorial e artigo contra a ameaça do presidente americano de intervir na Venezuela.

Já o "WSJ" trouxe coluna de Mary O'Grady, conhecida por posições intervencionistas na região, em que costura argumentos "geopolíticos" em defesa da "opção militar". Escreve que "a cabala [venezuelana] é comandada por Cuba no chão, mas apoiada financeira e estrategicamente por Irã, Rússia e Síria". Destaca que o vice Tareck Zaidan El Aissami pode ser venezuelano, mas é filho de imigrantes sírios —e "a chave".

O TOM

O "FT" cobriu o início da renegociação do Nafta sob o título "Canadá e México reprovam Trump em conversa tensa". De sua parte, o enviado dos EUA disse que, "para muitos americanos, o acordo fracassou".

A agência chinesa Xinhua sublinhou em análise que a renegociação "vai estabelecer o tom para futuras conversas comerciais dos EUA".

** Aqui,, o link para a reportagem sobre o filme chinês


Endereço da página: