Folha de S. Paulo


'América é agora uma nação perigosa'

virginia

Nas manchetes de "New York Times", "Washington Post" e "Wall Street Journal", Donald Trump "abandona o tom contido" e defende os direitistas que foram à Virgínia, dizendo que "nem todos eram neonazistas".

No "Financial Times" (em português, aqui), a coluna de Gideon Rachman, mais lida ao longo do dia, avisou no título que a "América é agora uma nação perigosa". Argumenta com as reações de Trump a Virgínia, Coreia do Norte e Venezuela.

Diz que ele está perto de "explorar um conflito internacional para escapar de dificuldades internas". E que é "sintoma de uma crise maior na sociedade americana, que não vai desaparecer" se Trump sair, por ter causas sociais e demográficas e pela "cultura política que venera armas e os militares".

COREIA

O "NYT" destacou que o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, "advertiu sem rodeios" o americano contra um ataque à Coreia do Norte. E que jornais sul-coreanos como "JoongAng Ilbo" chamam Trump de "um presidente perigoso".

Ecoou no país a entrevista do senador republicano Lindsey Graham à rede NBC, dizendo que ouviu de Trump: "Se milhares morrerem, eles vão morrer lá. Não vão morrer aqui".

IRÃ

O "NYT" destacou também que "o presidente iraniano ameaça reiniciar o programa nuclear", se Trump inviabilizar o acordo entre os dois países. Segundo Hassan Rouhani, ele "vem mostrando ao mundo e a seus aliados que os EUA não são confiáveis".

VENEZUELA

Também no "NYT", o vice de Trump ouviu do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que "a possibilidade de uma intervenção militar [na Venezuela] não deveria nem ser considerada".

A ameaça americana "uniu a América Latina contra os EUA", segundo o jornal, citando ainda, pela ordem, Peru, México e Brasil.

CHINA

"NYT" e "FT", em ação coordenada, chegaram a publicar artigos de funcionários dos EUA contra "o roubo de propriedade intelectual" pela China, em defesa de ação recém-lançada por Trump.

Mas o "WSJ" logo alertou que "o presidente americano está fazendo uma aposta perigosa" ao vincular demandas comerciais e pressões por intervenção chinesa na Coreia do Norte.


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