Folha de S. Paulo


Liquidação de ativo sustenta economia brasileira em meio à recessão

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No 'Financial Times', investidores externos compram empresas e sustentam Brasil em meio à crise política

No "Financial Times", com uma foto de plataforma da Petrobras, acima, "Investidores estrangeiros sustentam o Brasil a atravessar recessão".

É que, "comparado com outros países, o Brasil tem recebido bastante investimento porque tem um monte de ativos à venda", afirma um analista do Bank of America Merrill Lynch. E eles estão "baratos", acrescenta um analista do Goldman Sachs.

O "FT" destaca, entre eles, os "desinvestimentos forçados" pela Operação Lava Jato na Petrobras e na Odebrecht. E avisa que "a próxima na fila para a venda de ativos é a JBS".

Acrescenta porém que parte dos supostos investimentos é empréstimo das empresas para as suas próprias subsidiárias no país, "efetivamente negócios cambiais que visam tirar proveito das altas taxas de juros do Brasil".

E vem mais por aí. Segundo a agência Reuters, citando fontes anônimas, o governo anunciará novas regras para a mineração no Brasil, que "aumentarão o limite de participação de empresas estrangeiras em empreendimentos no país, hoje em 40%".

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'VAI PASSAR'

Do correspondente do alemão "Süddeutsche Zeitung", Boris Herrmann, sobre a revelação dos vínculos entre a Volkswagen e a ditadura militar brasileira, que levaram até à tortura de funcionários:

— Vai passar, dizem os brasileiros para quase todas as preocupações cotidianas. É uma frase leve, em que há uma verdade opressiva. O Brasil nunca aprendeu a lidar com seu passado. Muitos de seus problemas, como a violência, a burocracia ou a corrupção, estão ligados à recusa coletiva de autocrítica, de tirar lições.

No enunciado, "Tortura e morte? Ocultas. Isso não vai esconder a história inglória da VW".


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