Folha de S. Paulo


Mídia alemã mostra 'lado negro' da VW no Brasil, ao lado da ditadura

Reprodução
Reportagem do canal

Duas emissoras estatais alemãs e o "Suddeutsche Zeitung" revelam, no título do jornal, "A Volkswagen como cúmplice da ditadura no Brasil". Para a NDR, reproduzida acima, "o sucesso radiante tem seu lado negro".

As reportagens se baseiam em "papéis internos da empresa, documentos da polícia política e relatórios confidenciais da chancelaria". Ouvem ex-metalúrgicos como Lúcio Bellentani, levado da fábrica diretamente para oito meses de tortura, e Devanir Ribero, que viajou a Stuttgart em 1979 para fazer uma denúncia na sede da empresa.

"O papel da VW foi além", descreve a NDR. "O departamento de segurança, dirigido por ex-militares, se tornou cada vez mais um serviço secreto. Espionou funcionários e documentou em inúmeros relatórios, que terminaram nos arquivos da polícia política."

A VW não quis comentar, argumentando ter contratado um historiador para preparar um relatório. Este adiantou aos repórteres que a empresa "permitiu prisões" e que seus seguranças "se reportavam à polícia". Ele recomenda que a VW "se desculpe com os ex-funcionários".

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EUA VS. ALEMANHA

Na manchete do "Financial Times", no início da noite, "União Europeia está pronta para retaliar sanções dos EUA à Rússia".

As sanções atingiriam projetos europeus como Nord Stream 2, de gasodutos ligando a Rússia à Alemanha, e a exploração de uma nova reserva de gás no Egito. Entre as retaliações estaria a aprovação de leis negando que as sanções possam ser "reconhecidas ou exigíveis" na Europa.

JÁ ACABOU

Na capa do francês "Le Journal du Dimanche", "Macron, a queda brutal". Em um mês, o novo presidente perdeu dez pontos, caindo a 54% de aprovação. No "Le Figaro", "Para Emmanuel Macron, o estado de graça já acabou".


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