O sem-fim de revelações do "New York Times" começou no sábado, com a notícia de que Donald Trump Jr. se reunira com uma advogada russa na Trump Tower, durante a campanha. No domingo, acrescentou-se que eles teriam tratado de informação negativa sobre Hillary Clinton.
Na segunda às 21h (22h em Brasília) veio a bomba, como muitos chamaram, de que Trump Jr. foi ao encontro já sabendo, por e-mail, ser informação do governo russo. "Washington Post" e BBC passaram a falar do caso como "smoking gun", arma fumegante, como uma prova definitiva.
Mas havia mais. Na terça o "NYT" reproduziu o conteúdo dos e-mails trocados pelo filho de Trump. Ao ser contatado pelo jornal para comentar, ele pediu um tempo e correu para tuitar antes os e-mails, por suposta "transparência", o que só fez ridicularizá-lo mais.
É melhor seguir a narrativa pelo "NYT" mesmo. No final da tarde, enquanto a CNN se perguntava "o que mais o 'NYT' tem" a revelar, um dos repórteres da série, Adam Goldman, avisava outra vez, pelo Twitter, "Atualização: eu ainda estou reportando".
ATÉ DRUDGE
A revelação do e-mail na segunda levou a reportagem do "NYT" à manchete do próprio "Drudge Report", que é pró-Trump. Depois o site mudou várias vezes, até linkar em destaque o editorial do "NY Post", também pró-Trump, intitulado "Donald Trump Jr. é um idiota".
CONTRA-NARRATIVA
Ainda o canal de notícias com mais audiência nos EUA, a Fox News, também pró-Trump, de início evitou até mencionar os e-mails do "NYT" e depois os desculpou como erro menor de Trump Jr. Por fim, abriu as câmeras para ele no programa de seu apresentador mais fiel ao presidente republicano, Sean Hannity.