Folha de S. Paulo


Novo erro da CNN ameaça a desgastada pauta russa nos EUA

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Como descreveram "New York Times" e outros, na semana passada a CNN "foi forçada" a tirar do ar e depois se desculpar por uma reportagem insustentável sobre um novo vínculo entre Donald Trump e a Rússia. E na noite de segunda três jornalistas deixaram o canal, inclusive o editor responsável por reportagens investigativas.

Trump não perdeu a chance, tuitando na terça pela manhã que os três foram forçados a se demitir, mas: "E quanto a todas as outras notícias falsas que eles fazem?". Acrescentou outras TVs, "NYT" e "Washington Post". Nas várias mensagens, a acusação de ser "fake news", noticiário falso.

Mas a coisa não parou por aí. O site "Breitbart" e outros pró-Trump abriram manchete à tarde para um vídeo gravado sorrateiramente, com um produtor da CNN falando que a cobertura do canal, sobre a Rússia, é em sua maior parte "besteira" (bullshit).

Desta vez, a extrema direita não está sozinha na pressão. Glenn Greenwald, no site "Intercept", relacionou um ano de reportagens erradas sobre Trump e a Rússia, a maioria do "WP" e da mesma CNN.

E o "BuzzFeed" informou por fim que o moral na CNN é "sombrio", com profissionais "no limite".

PELA AL JAZEERA

A Arábia Saudita, apoiada por Trump, passou a exigir que o Qatar feche a Al Jazeera. "NYT" e "Guardian", em editoriais, e organizações internacionais de jornalismo já saíram em defesa do canal de notícias.

Vários outros veículos, como "Middle East Eye" e "The New Arab", estão sendo ameaçados pelo novo príncipe saudita.

FÁBRICA DE VÍRUS

Via Twitter, a empresa de segurança cibernética Symantec concluiu e Edward Snowden compartilhou que a variante do vírus Petya, que avançou pelo mundo na terça, é mais uma que usa ferramenta desenvolvida —e depois vazada— na NSA, a Agência Nacional de Segurança dos EUA. "NYT" e outros também noticiaram.

Reprodução
Manchete do site

ANTITRUSTE

O site de Matt Drudge, um dos favoritos de Trump, saudou com ironia a punição da União Europeia ao monopolista Google (acima), linkando para Bloomberg e outros.

O magnata Rupert Murdoch, dono de Fox News e "WSJ", e o grupo alemão de mídia Axel Springer, de "Bild" e "Die Welt", "aplaudiram", segundo o site "Hollywood Reporter".


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