Folha de S. Paulo


Cristina Kirchner está de volta, investidor externo fecha com Macri

cfk

Duas semanas atrás, a "Americas Quarterly", do "think tank" nova-iorquino Americas Society, alertava: "Se você pensa que Cristina Fernández de Kirchner está acabada para a política, pense de novo". Fechando o texto:

— Uma coisa a favor dela é uma recuperação econômica que está demorando mais para acontecer do que Mauricio Macri havia prometido.

Na terça, com comício no estádio lotado do Arsenal argentino (reproduzido acima), ela tomou as manchetes locais. "Clarín" e "La Nación", seus opositores, enfatizaram nos enunciados que "não confirmou sua candidatura" ao Senado.

Mas sua frase de maior repercussão foi outra, de que "é preciso pôr um limite, pôr um freio" no atual governo.

Ecoou no "Financial Times", que destacou que a "ex-presidente terá impacto decisivo" nas eleições, candidata ou não, e na economia. E que, "com um ano e meio de Macri na Argentina, poucos duvidam quem é uma de suas figuras mais influentes: a antecessora". Ouve de críticos que ela, com vários processos, "devia estar na cadeia".

Mais importante, o "FT" sai nesta quarta com editorial em defesa de Macri, que "merece a confiança" dos investidores externos, embora estes "não devam subestimar" as suas dificuldades. O jornal financeiro saúda a recente venda de dívida argentina de longo prazo:

— Emprestar nos mercados de capitais internacionais é a única forma de comprar espaço político até o crescimento se recuperar e as reformas começarem a se pagar.


Endereço da página: