Folha de S. Paulo


Em choque com 'desastre' de May, Reino Unido já antevê nova eleição

As manchetes digitais dos britânicos "Telegraph" e "Independent", mal saiu a pesquisa de boca de urna pela BBC, apelaram à palavra "choque" para descrever o resultado. O "Financial Times" encontrou expressão um pouco diversa, "desastre".

Também nas primeiras páginas do "Guardian" e de outros nesta sexta-feira, divulgadas pouco mais uma hora depois e reproduzidas acima, "choque".

Embora ainda soassem por todo lado os avisos para esperar os resultados oficiais, os jornais de referência no Reino Unido fecharam suas edições com o "fracasso" na aposta da primeira-ministra Theresa May, que convocou a eleição antevendo vitória por larga margem.

Também nas manchetes impressas dos tabloides que a apoiaram agressivamente até a eleição, enunciados como "No fio da navalha", no "Daily Mail", e "Mayhem", caos, em trocadilho com May, no "Sun", também reproduzidos acima.

Na BBC, uma especulação recorrente passou a ser que, sem governo com maioria, vem aí "outra eleição".

SEMPRE A RÚSSIA

Nas piadas britânicas pelo Twitter, que se seguiram ao susto com o levantamento de boca de urna, reclamos de que a Rússia fraudou a pesquisa. Ou que o Reino Unido já importa tão pouco que a Rússia nem se dá ao trabalho.

DA RÚSSIA

Na agência de notícias estatal Sputnik, destaque para a provável derrota da "aposta" da primeira-ministra britânica. No site do canal estatal RT, o futuro de May em dúvida diante da "humilhação".

NOS EUA, RÚSSIA

Enquanto isso, CNN, "New York Times" e demais veículos americanos cobriam extensivamente o depoimento do ex-diretor do FBI, novo capítulo da novela sobre a investigação dos elos entre Trump e a Rússia.

'NÃO ERA VERDADE'

Em meio à obsessão com o depoimento, o "NYT" precisou se defender de críticas do ex-diretor do FBI, que questionou reportagem sua -e o jornalismo americano em geral, ecoando Trump.

MERKEL & MACRI

Ao largo dos problemas de Trump, May ou Michel Temer, a chanceler alemã Angela Merkel viajou à Argentina com promessas comerciais ao presidente Mauricio Macri, para ampla atenção local. Em seguida vai ao mexicano Enrique Peña Nieto.

Reprodução
Capa do francês

'DEMAIS É DEMAIS'

Na véspera da eleição britânica, na capa do jornal satírico francês, reproduzida acima, a primeira-ministra já surgia decapitada por seus comentários pós-atentado de Londres.


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