Sob pressão após demitir o diretor do FBI, Donald Trump saiu atirando em entrevista à NBC, dizendo que o fez porque ele se mostrou um exibido, "showboat", em depoimento dias antes pela televisão.
Outra entrevista de quinta, à revista "Time", ajuda a entendê-lo. Segue o presidente até a sala reformada da Casa Branca onde ele faz refeições, lê jornais e assiste televisão com gravador digital (TiVo) como criança com brinquedo novo.
Ele chama um âncora da CNN de "burro" e diz que não vê mais o canal nem a MSNBC. Só Fox News, "a mais precisa". Diz que Stephen Colbert, que faz na CBS o talk show de mais audiência no país, é "sem talento e sujo". Que "New York Times" e "Washington Post" são "desonestos".
Voltando-se aos repórteres da própria "Time" que havia convidado para o jantar: "Vocês são desonestos".
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PERIGO
A terceira entrevista divulgada no dia foca o que a "Economist", acima, batiza como "Trumponomics".
"Não é doutrina coisa nenhuma, mas uma série de propostas de empresários cortesãos ao seu rei", resume, em editorial, dizendo que deixará o país "mais endividado e desigual". E "é um perigo para os EUA e o mundo".
TRAMPOLIM
Por aqui, o duelo de Lula ficou para trás, apagado pela liberação de novas delações. No exterior, ecoou o candidato.
Nos títulos dos alemães "Süddeutsche Zeitung" e "Die Zeit", "O retorno de Lula" e "quer se lançar de novo ". Da agência chinesa Xinhua, "responde acusações, por reputação e chance de retorno ". Do francês "Le Monde", "O show de Lula diante da Justiça". Do argentino "La Nación", "converte interrogatório em trampolim para 2018 ".
FARSA
Noutra linha de enunciados, sempre com Lula como protagonista, ele "chama julgamento de farsa " e "denuncia perseguição ao enfrentar acusações", nos ingleses BBC e "Guardian", "denuncia perseguição ", também no argentino "Clarín", e afirma "diante do juiz: Sou vítima de uma caçada ", no espanhol "El Mundo".
O americano "Wall Street Journal" foi diferente, "Apoiadores se alinham atrás de Lula no Brasil".