Folha de S. Paulo


'Sem fim', crise de corrupção no Brasil ameaça causar 'fadiga de escândalos'

No título da coluna "Corruption Currents", do "Wall Street Journal", com foto de Michel Temer: "A crise de corrupção sem fim do Brasil". E na reportagem do mesmo "WSJ", "Temer, do Brasil, supostamente ligado a suborno de US$ 40 milhões ". O jornal se pergunta:

— Parece que nunca vai acabar, mas será que o povo brasileiro não vai ficar com fadiga de escândalos?

No título de um artigo da nova edição da "Foreign Affairs", principal revista americana de política externa, exatamente o mesmo enunciado da coluna do "WSJ": "Brazil's Never-Ending Corruption Crisis".

O jornalista Brian Winter escreve "por que a transparência radical é a única forma de consertar" o que acontece no país. Descreve escândalos de corrupção como "rotina" por aqui há 60 anos.

londono

MISOGINIA

Ernesto Londoño, que será o novo correspondente do "New York Times" no Brasil, fez sua pré-estreia entrevistando Dilma Rousseff. O jornal destacou uma frase dela:

— Havia um elemento bastante misógino no golpe contra mim.

O colombiano Londoño, editorialista de América Latina, chamou a atenção com escritos sobre a reaproximação entre Cuba e Estados Unidos e sobre os direitos de transgêneros.

*

PÓS-VERDADE

Uma pesquisa do instituto Ipsos para o site "BuzzFeed" mostrou que 54% dos americanos acreditam nas notícias que veem no Facebook "só um pouco" ou "de jeito nenhum". Por outro lado, 48% dizem que o Facebook se tornou fonte de notícias.

'FAKE NEWS'

Na Alemanha, sob ameaça de nova legislação com multas milionárias em caso de propagar notícias falsas, o Facebook publicou anúncios de página inteira em jornais como "Bild" e "Süddeutsche Zeitung". Diz que "notícias falsas podem ser identificadas" e: "Nós lutamos contra sua propagação":.

PROPAGANDA

Depois do programa sobre jornalismo da CNN, "Reliable Sources", também o site de crítica de mídia "Poynter" e até a revista "Time" se questionam sobre o papel das imagens da Síria -que teriam levado Donald Trump a ordenar o ataque- na guerra de informação do conflito. Num dos enunciados: "As fotos de crianças mortas na Síria são uma forma de propaganda?".

ERRO

Após abraçar Trump pelo ataque à Síria, "NYT" e "Washington Post" fecharam a semana procurando se afastar de seu próprio militarismo -e do presidente americano- com manchetes afirmando que um novo ataque "matou 18 aliados". Foi o terceiro bombardeio do novo governo que matou "civis ou aliados" no país.


Endereço da página: