Folha de S. Paulo


Governo Trump se confunde na Síria, mas já ameaça novo ataque, à Coreia

Como todo domingo, assessores de Donald Trump deram entrevistas às redes americanas —e bateram cabeça. O secretário de Estado falou à ABC que Assad pode continuar, a embaixadora na ONU falou à CNN que não pode.

Já os jornais americanos tentaram no fim de semana explicar o ataque à Síria, com o "New York Times" descrevendo a "doutrina" Trump como marcada por improvisação.

Um efeito do ataque, diz o "NYT", foi que os EUA paralisaram ações contra o Estado Islâmico por temer represália russa. Veio domingo e o EI matou cristãos no Egito. E na CBS o secretário de Estado saiu falando que o objetivo é derrotar o EI, não Assad.

Em meio à confusão, o "Financial Times" manchetou que "Trump manda porta-aviões para a Coreia ", onde o ditador é amigo da China.

Reprodução/"Der Spiegel"/AFP
A alemã

AVISO

Via Twitter, Edward Snowden chamou atenção global para um novo "descarregamento" de dados da NSA (Agência Nacional de Segurança dos EUA) por hackers, em resposta ao ataque à Síria.

A imprensa americana evitou, mas a alemã destacou, com o site da revista "Der Spiegel" voltando a mostrar o complexo da agência de espionagem eletrônica no Estado de Utah (imagem acima).

CARNE FRACA

No início da noite no "FT", "China oferece concessões para evitar guerra comercial com EUA". Entre as concessões chinesas, liberar a importação de carne americana, que passaria a concorrer com a brasileira.

GRADUAL

O mesmo "FT" defendeu, em análise, que "o Brasil ainda é o emergente mais interessante para os investidores", mas agora eles precisam ficar atentos à Reforma da Previdência. E o "Wall Street Journal" acrescentou, citando automóveis e inflação:

— Continuamos a ver sinais de recuperação gradual no Brasil.

GUERRA ÀS DROGAS...

O "Washington Post" publicou longa reportagem sobre o programa de retomada, pelo governo Trump, da chamada "guerra às drogas", maconha inclusive, começando pelos próprios EUA.

...E À RÚSSIA NA AMÉRICA LATINA

Jornal mais atento à comunidade americana de inteligência, o "WP" também destaca que "a Rússia está de volta" à América Latina. Em despacho enviado da Nicarágua, afirma que "a Rússia intensificou laços econômicos com vários países, inclusive México e Brasil".


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