Folha de S. Paulo


No 'WSJ', Exxon mira o pré-sal, mas a eleição de 2018 no Brasil é 'risco'

No "Wall Street Journal", "Exxon mira expansão no Brasil". Três repórteres noticiam que, "segundo pessoas familiarizadas com o assunto, a companhia está em negociações para obter acesso aos recursos em águas profundas". Segundo o jornal, "os novos líderes do Brasil abriram o pré-sal para operadoras estrangeiras e reduziram a exigência de conteúdo nacional, mudanças que estão entre as principais razões que motivam a Exxon".

Mas "abundam riscos para as grandes companhias" porque, "embora o ambiente para negócios tenha melhorado nos últimos nove meses, analistas dizem que a eleição de 2018 pode facilmente reverter". De todo modo, "o Brasil é uma das mais importantes fronteiras de petróleo e pode virar o quinto produtor em 2025, só atrás de Arábia Saudita, Rússia, EUA e Iraque".

De um analista da Rystad Energy:

— Todo mundo quer pegar um pedaço da torta.

LENIN VENCEU

Na home page do "Financial Times", "Autoridade eleitoral do Equador declara Lenin Moreno novo presidente", anúncio que veio "junto com congratulações de vários países". O novo presidente equatoriano, diz o "FT", "é visto como mais brando que o antecessor".

USO POLÍTICO

No "WSJ", "Eleição no Equador foi justa, diz observador". Era referência à Organização de Estados Americanos (OEA), cujo secretário-geral logo "congratulou" Moreno, junto com os "líderes de Peru, Chile e Argentina". A OEA, segundo o jornal, "lamentou o uso político de pesquisas de boca de urna, que criaram incerteza".

SEM QUERER

O "Drudge Report" manchetou notícia do extremista "Daily Caller", o presidente Donald Trump retuitou -e a denúncia de que uma ex-assessora de Segurança Nacional de Obama espionou republicanos foi o assunto do dia, nos EUA. Do outro lado, a MSNBC ouviu a ex-assessora e o "New York Times" destacou que ela admitiu ter pedido nomes flagrados pelas agências de inteligência, mas "sem qualquer propósito político".

Foi o bastante para Julian Assange, do WikiLeaks, concordar com Tucker Carlson, da Fox News e fundador do mesmo "Daily Caller", que não são apenas os republicanos da campanha de Trump que estão expostos à espionagem americana, mas todo mundo:

assange

FOX CONTINUA

O outro assunto que moveu a exaltada terça-feira na mídia política americana foi a debandada de anunciantes do programa "The O'Reilly Factor", o principal da Fox News, depois que o "NYT" revelou que o canal e o próprio apresentador Bill O'Reilly pagaram cinco mulheres para não denunciá-lo por assédio sexual. Ao longo do dia, grandes marcas foram deixando o programa, até atingir a quase totalidade.

O correspondente de mídia da Bloomberg esclareceu que os anunciantes estavam abandonando o "O'Reilly Factor", mas para "gastar seu dinheiro ainda na Fox News ", apenas em outros programas.

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Reprodução

MARIA EDUARDA, 13

No "New York Times", com fotografia cedida pela família (acima), a morte da jovem indica que a "violência, sobretudo assassinatos envolvendo policiais, pode estar saindo do controle " no Brasil.


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