Folha de S. Paulo


Não é todo dia que queimam o Congresso, na América Latina

Do correspondente do "New York Times", Simon Romero, que está se despedindo da América Latina, sobre o Paraguai: "Não é todo dia que queimam o Congresso". "Financial Times" e outros enfatizaram que a permissão para reeleger o presidente do Paraguai, aprovada no Senado e motivo do protesto, segundo a oposição, foi "golpe".

Sobre a Venezuela, os mesmos e o "El País" publicaram editoriais. O "FT" afirmou que a retirada de poder do Congresso pelo Supremo foi "golpe". O espanhol deu no título: "Golpe de Estado na Venezuela". O Supremo voltou atrás, mas agora, segundo agências, o Congresso quer destituir o Supremo.

Enquanto isso, no Equador, após uma série de despachos de agências com a vitória do oposicionista, segundo boca de urna, uma nova série de despachos anunciou a vitória do situacionista, segundo a apuração. O primeiro, diz a Reuters, "questionou o resultado, preparando o cenário para protestos na nação historicamente turbulenta ".

Reprodução
WSJ' mostra que ações nos emergentes estão 'baratas' para investidores estrangeiros

PECHINCHA

Com a ilustração acima, o "Wall Street Journal" informou, em duas colunas diferentes sobre aplicação financeira, que US$ 30 bilhões entraram em março no Brasil e outros emergentes. Eles estão com "selo de pechincha", ou seja, ações e aquisições saem "barato", até pela "metade do preço" em relação aos EUA.

DESESPERANÇA

Também no "WSJ", "Cai atividade econômica do Brasil". O jornal diz que "as esperanças de recuperação sólida em 2017 desapareceram em meio a indicadores negativos persistentes desde o início do ano". E "a alta acentuada do desemprego deverá prosseguir durante o primeiro semestre deste ano".

VALORIZAÇÃO

O "FT" noticia que os "fazendeiros americanos vão plantar recorde de soja neste ano", para atender à demanda da China. "Apesar das boas colheitas, fazendeiros no Brasil e Argentina têm tardado a vender por causa da valorização de suas moedas."

PRÉ-SAL

Por outro lado, mas ainda em commodities, na Reuters: "O Brasil está prestes a aumentar acentuadamente suas exportações de petróleo neste ano, uma vez que grandes investimentos do passado estão gerando nova produção e a demanda externa pelo óleo mais leve do pré-sal conquista novos compradores, especialmente na China e Índia". Em janeiro e fevereiro, o aumento foi de 65% em relação a 2016.

NÃO É OPEP

O indiano "Economic Times" já percebeu e sublinha que o Brasil não faz parte da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), o abusivo cartel de preços de petróleo comandado pela Arábia Saudita.


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