Folha de S. Paulo


Cresce veto à carne e diminui a perspectiva de retomar economia

A Bloomberg deu que a Arábia Saudita suspendeu a carne brasileira. E jornais do Caribe noticiam que por lá o veto já abrange Jamaica, Trinidad e Tobago, Granada, Barbados, Bahamas, Santa Lúcia, Ilhas Virgens etc.

O "New York Times" usou uma frase de ministro brasileiro em título, "Escândalo da carne é soco no estômago", e citou a crise como "retrocesso no esforço por reviravolta" na economia.

No "Financial Times", "Crise da carne traz fedor mais amplo no setor empresarial brasileiro".

A revista "The Economist", que vinha apostando nas reformas do país, vai pelo mesmo caminho, com o cabeçalho "Carne morta" e o título "Escândalo no Brasil prejudica duas de suas maiores empresas". Diz que as "gigantes" JBS e BRF precisarão cortar preços para não perder mercado.

FOME

A Bloomberg, em análises, diz "por que essa história é tão importante" (Brasil responde por 20% da carne bovina e 40% do frango exportados) e avalia que "deixa o mundo com fome de frango" (alternativa seria comprar dos EUA, mas lá aflorou gripe aviária).

FALTA VOTO

Correspondentes de Reuters e Associated Press anotam via Twitter que a desvalorização do real, em ação talvez forçada por investidores estrangeiros, ocorreu porque "mercados começam a perceber que a Reforma da Previdência não pode ser dada como certa". Os votos contra a terceirização foram "significativos".

FALTA VOTO LÁ

Nas manchetes digitais de "Wall Street Journal" e "NYT", a votação do plano de saúde de Trump foi adiada "em busca de votos". Segundo o "FT", também lá os "investidores estão tensos", porque o novo governo, sem o Congresso, não tem como aprovar corte de impostos.

SOBRE AS MENTIRAS

A nova edição da "Time" entrevista Trump sob a manchete "A verdade acabou?". Dele, questionado sobre as afirmações falsas: "Eu sou uma pessoa muito instintiva, mas meus instintos se confirmam no fim... Acontece que eu sou uma pessoa que sabe como a vida funciona". No final, diante da insistência, afirmou:

Olha, não devo estar indo tão mal, porque eu sou o presidente, e você, não.

Reprodução
Ilustração da

CAMINHÕES

A "Economist", em coluna com a ilustração acima, diz que "nunca houve melhor momento para a integração latino-americana", com governos de centro-direita abertos ao livre mercado. Sugere usar a antiga Aladi (Associação Latino-Americana de Integração), criada em 1980, para unir Mercosul e Aliança do Pacífico.

TRENS

Jornais como "Frankfurter Allgemeine" noticiam que a "Alemanha quer construir uma linha de trem do Atlântico ao Pacífico " e se reuniu com representantes de Bolívia, Peru, Paraguai e outros no caminho. Nos títulos alemães, expressões como"Canal do Panamá sobre trilhos" :

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Reportagem de jornal alemão sobre ferrovia cruzando a América do Sul

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