Folha de S. Paulo


Procurador demitido por Trump investigava escândalo sexual na Fox

"New York Times" e "New York" destacam que a demissão de um procurador federal de Nova York por Trump pode favorecer a Fox News, de Rupert Murdoch, seu maior aliado na mídia americana.

O nome "frequentemente mencionado" para o lugar do procurador é de um advogado de Roger Ailes, ex-diretor da Fox News, que também é próximo de Trump e até participou de sua campanha.

O inquérito em questão questiona os acordos fechados pela Fox News com vítimas de assédio sexual de Ailes, que deixou o canal de notícias no ano passado por causa do escândalo.

Gabriel Sherman, editor na "New York" e biógrafo de Ailes, anota que Murdoch desde a eleição "empurrou pessoalmente" seu canal para um apoio ostensivo ao presidente. E foi convidado por ele a indicar nomes para a FCC, Comissão Federal de Comunicações, equivalente à Anatel.

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A Fox Business vai pelo mesmo caminho. Segundo o "Daily Beast", o canal financeiro de Murdoch trocou o noticiário regular de economia pela defesa incessante de Trump.

O resultado foi um salto na audiência, por vezes deixando para trás a CNBC, canal mais tradicional nessa faixa.

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Não é só canal que defende Trump que sai ganhando em audiência. O "NYT" informa que a MSNBC é um refúgio dos liberais americanos na TV e, "sempre falando dos russos", sua audiência em fevereiro saltou 55% na comparação com fevereiro de 2016.

Também vêm ganhando terreno os apresentadores de talk show mais críticos do novo presidente, inclusive o sul-africano Trevor Noah, que herdou o "Daily Show" de Jon Stewart.


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