Folha de S. Paulo


Assange, do WikiLeaks, 'vira a mesa' e oferece ajuda ao Google, contra a CIA

O editor do WikiLeaks ofereceu a Google e Apple acesso aos documentos da CIA que tratam da espionagem de seus sistemas operacionais, destacaram "Wall Street Journal" e outros ao longo da tarde. O "New York Times" sublinhou a ironia:

— Para Julian Assange, foi uma notável virada de mesa. Da embaixada do Equador [onde se refugiou em 2012], apresentou-se como defensor das maiores empresas americanas de tecnologia contra os excessos de seu governo. Buscou se colocar no meio da relação tensa entre governo e Vale do Silício, onde executivos veem a reputação de seus produtos ameaçadas pela espionagem agressiva.

A CIA, anotou o jornal, reagiu de maneira "singular, atacando" Assange em nota: "Não é exatamente um bastião de verdade e integridade". E ele, via Twitter, lembrou ter recebido o Prêmio Sam Adams "exatamente por isso", sua integridade:

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ENTRE AMIGOS
Pouco antes de sua entrevista coletiva na quinta-feira via YouTube, como reportou o "BuzzFeed", Assange recebeu por 40 minutos o político Nigel Farage, um dos líderes da campanha vitoriosa do Brexit -e grande amigo inglês de Donald Trump.

IMACULADO
Assange deu entrevista a um comediante australiano, há algumas semanas, e se declarou "feliz com a narrativa sobre notícias falsas que anda por aí, porque o WikiLeaks tem um histórico perfeito em termos de autenticação", com um "arquivo maravilhoso e confiável, de informações originais imaculadas".

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Reprodução
magem para Toda Mídia, em Mundo, impresso e site
No enunciado do 'NYT' sobre o canal russo, 'Mais para BBC ou KGB?'

VERTIGEM
O "NYT", acima, publicou longo perfil do RT, o canal de notícias bancado pelo governo russo, transmitido em inglês e outras línguas. Descreve assistir ao RT como uma "experiência vertiginosa", com entrevistados que vão de Assange à atriz Pamela Anderson. O que unifica tudo "é um profundo ceticismo das narrativas americanas sobre o mundo".

LEITORES & TRUMP
O site "Politico" noticiou que o "Daily News", tabloide nova-iorquino violentamente anti-Trump durante a campanha eleitoral, trocou de editor e de postura. O problema é que a cobertura negativa do presidente, popular entre os leitores, sobretudo nas áreas mais afastadas, estaria "diminuindo a base de assinantes ".

INTRIGA NO PALÁCIO
Simon Romero, correspondente do "NYT" que está deixando o Brasil para cobrir imigração na fronteira dos Estados Unidos com o México, já comenta ironicamente saudoso o noticiário local, dizendo que "O Brasil tem a melhor intriga palaciana: Renan afirma que Cunha, da prisão, está tomando o poder no governo":

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