Peemedebistas continuam em sua luta pelas teles e contra o Marco Civil, mas ao que parece o governo convenceu outros tantos peemedebistas e deve aprovar o projeto na semana que vem.
Já desistiu, porém, da exigência de datacenters no Brasil, que contrariava não as teles, mas o Google.
Ou seja, ficou pelo caminho uma das respostas que a presidente Dilma Rousseff procurava dar à espionagem da Agência Nacional de Segurança dos EUA contra ele própria e a Petrobras.
Mas o vínculo do Google com a NSA e todos os Cinco Olhos, como é chamada a conexão de espionagem entre EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, só faz crescer.
"Guardian" e outros noticiaram que o advogado-chefe da NSA disse hoje a uma agência federal que Google e outros gigantes de tecnologia tinham conhecimento pleno da coleta de dados.
Ou seja, a própria NSA "contradisse meses de negativas raivosas de grandes empresas como Google".
Tem mais Google & Five Eyes. O "Financial Times" noticiou que a empresa de tecnologia deu poder ao Home Office, o ministério antiterror britânico, na derrubada de vídeos do YouTube.
O "Wall Street Journal" acrescentou que outros órgãos governamentais, não só do Reino Unido, receberam o privilégio. Mas o Google garante, raivoso, que continua decidindo o que derrubar.
Também sobre a NSA de forma geral prosseguem as revelações. O "Washington Post" descobriu um novo programa de vigilância, de nome tão sugestivo como o Prism das primeiras reportagens, Mystic.
Permite interceptação e gravação de "100%" das ligações telefônicas de um país. Podem ser ouvidas conversas até um mês depois de gravadas. O primeiro país-alvo foi espionado há três anos.
Enquanto isso, o governo dos EUA esclareceu que não: ele não abriu mão da governança da internet.