Saiu o prospecto do Twitter para a abertura de capital, com números que ninguém conhecia. Por exemplo, os usuários ativos mensais chegaram a 218 milhões no segundo trimestre, crescimento de 44% em um ano.
Pelo lado negativo, o prejuízo no primeiro semestre foi de US$ 69 milhões e vem crescendo. No ano passado inteiro, foi de US$ 79 milhões.
São dados que devem repercutir amplamente até o final de novembro, quando o Twitter espera encerrar o processo de abertura de capital --embora possa estendê-lo até o ano que vem, se a recepção não for das melhores.
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Paralelamente aos grandes números, algumas passagens do prospecto interessam pela prioridade dada ao Brasil e também pelo temor revelado diante de um concorrente da China.
Sobre o Brasil, destaca o "foco recente" dos investimentos do Twitter em marketing e vendas no país --ao lado de Reino Unido, Canadá, Austrália e Japão. Chega a detalhar que ampliará essas equipes no país.
Sobre o concorrente chinês, trata-se do Sina Weibo, apresentado como "risco" porque, ao lado de microblogs de Japão e Coreia do Sul, "expandiu e pode continuar a expandir sua pegada geográfica".
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Mas a concorrência maior está mesmo no Facebook, que "opera uma rede social com mais usuários que o Twitter e tem introduzido ferramentas similares às do Twitter".
Chega-se então ao "hype" que, desde o ano passado, prepara a abertura de capital. No prospecto, o Twitter se apresenta como a "segunda tela" preferencial para eventos ao vivo e TV, permitindo "compartilhar experiência".
Twitter e Facebook "veem a conversa social em torno da TV
como uma forma de aumentar o uso de seus sites e ganhar um pedaço maior dos gastos dos anunciantes".
Foi o que levou o Twitter a buscar parcerias com redes americanas como CBS e Fox, em seu programa de publicidade Amplify.
Novamente, o Brasil entrou com prioridade na estratégia, com a parceria entre o Twitter e a Globosat , fechada em setembro, para um campanha do Amplify no Rock in Rio.