Folha de S. Paulo


Holiday acusa militantes de invadirem seu gabinete

Fabio Braga/Folhapress
SAO PAULO, SP, BRASIL, 03-10-2016: XXXXXXX. Fernando Holiday, 20, um dos lideres do MBL, recem eleito vereador pelo DEM, vive em quarto improvisado no sotao do novo escritorio do MBL. (Foto: Fabio Braga/Folhapress, PODER)***EXCLUSIVO***.
O vereador Fernando Holiday

O vereador Fernando Holiday (DEM-SP) acusa dois homens de invadirem seu gabinete na Câmara Municipal e ameaçarem seus assessores na manhã desta terça-feira (2).

A confusão aconteceu quando os militantes Jesus dos Santos e Érico Perrela entraram na sala onde a equipe do vereador trabalha. Em vídeo gravado por um dos assessores, Dos Santos aparece com um celular em mãos e diz que "Holiday não está trabalhando e seus assessores estão no Whatsapp, no Facebook. Eita mandato que trabalha! A partir de hoje, a periferia vai fiscalizar os mandatos desse vereador que não sabe de nada, não representa ninguém."

O parlamentar é investigado pelo Ministério Público por ter visitado escolas da rede pública de São Paulo para averiguar se havia "doutrinação" no conteúdo ensinado pelas instituições.

Os assessores de Holiday afirmam que os dois homens fizeram ameaças ao presentes e que, por isso, a GCM (Guarda Civil Municipal) foi chamada para intervir. Em seguida, o vereador Toninho Vespoli (PSOL) apareceu para intermediar a discussão entre os dois lados.

Os militantes negam as ameaças e dizem que foram até o gabinete cobrar Holiday, que estaria atrasado para uma sessão da CPI da Migração, da qual é vice-presidente.

"Não houve invasão, as portas do gabinete ficam abertas para todos poderem entrar. Os vereadores, e não é só ele, recebem uma fortuna e não aparecem. E a gente não pode nem cobrar os vereadores que são eleitos?", afirma Dos Santos.

"Ficamos na área pública do gabinete e não fizemos ameaça alguma. E ainda sofremos um constrangimento enorme pela polícia", diz Perrela.

A assessoria de Holiday nega o atraso e diz que o vereador estava na CPI quando os militantes entraram em seu gabinete.

O vereador ainda afirma que "a porta do gabinete está aberta a todos, mas antes é preciso –por segurança dos trabalhadores –de identificação e respeito, ao invés da abordagem violenta desses caras com ofensas e ameaças, coagindo funcionários, e por isso enquadrados pela Guarda Civil. Doo boa parte do meu salário e, ainda que não agrade alguns, trabalho dobrado pelas ideias que defendo."

Um boletim de ocorrência foi registrado no 1º DP, na Sé.


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