Folha de S. Paulo


Ministro diz que autores do pedido de sua renúncia deveriam 'falar menos'

Alan Marques/Folhapress
BRASÍLIA, DF, BRASIL, 05.01.2017 O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, dá entrevista após reunião sobre o sistema penitenciário com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, após reunião sobre o sistema penitenciário

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, rebateu a carta aberta do centro acadêmico 11 de Agosto, da Faculdade de Direito da USP, que pede sua renúncia e foi divulgada nesta quarta (11).

"Lamentável que algumas pessoas que exerceram cargos no Governo anterior e o PT tentem esconder sua incompetência na gestão da segurança pública e sistema penitenciário durante os 13 anos de gestão", afirmou ele, em nota enviada pela assessoria do ministério.

O manifesto, uma reação da entidade estudantil do largo São Francisco aos massacres em presídios dos últimos dias, foi assinado por ex-ministros dos governos petistas como José Eduardo Cardozo (Justiça), Tarso Genro (Justiça) e Maria do Rosário (Direitos Humanos).

A nota do ministro segue: "Durante esse período [gestões do PT], opções desastradas, ineficiência na gestão e péssimo uso do dinheiro público criaram as condições negativas para a grave crise aguda que hoje o País sofre. Falassem menos e trabalhassem mais, não estaríamos nessa situação".

Moraes, caracterizado como "inábil" e "omisso" no documento, é professor na faculdade do largo de São Francisco.

Juristas, advogados, políticos, movimentos sociais e entidades de classe endossaram o texto, que também critica o novo Plano Nacional de Segurança Pública, anunciado pelo ministro.


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