Folha de S. Paulo


Petistas defendem que Dilma empurre a posse de Temer para a sexta-feira 13

Pedro Ladeira/Folhapress
Em vez do tradicional passeio de bicicleta, presidente Dilma optou por uma caminhada no Palácio da Alvorada na manhã desta quarta
Em vez do tradicional passeio de bicicleta, presidente Dilma optou por uma caminhada no Palácio da Alvorada na manhã desta quarta

Advogados e militantes do PT defendem que a presidente Dilma Rousseff não assine a notificação sobre a abertura de processo de impeachment contra ela pelo Senado nesta quinta (12), caso a sessão seja finalizada nesta quarta (11).

Depois de oficialmente comunicada, a presidente terá que se afastar automaticamente do cargo por até 180 dias, à espera do julgamento final dos parlamentares. Michel Temer toma posse imediatamente.

"Ela deveria assinar um dia depois. Nada mais apropriado do que um governo golpista assumir numa sexta-feira 13", diz o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do setorial jurídico do PT de São Paulo.

"Não se trata de protelação, ela vai assinar o documento, não há a menor dúvida, ainda que contrariada por ser afastada num processo sem nenhuma legalidade e sem a comprovação de que tenha cometido um crime sequer. Mas ela tem ao menos o direito de marcar, dentro da agenda dela, de presidente, o dia e a hora possíveis."

A sugestão já foi encaminhada a ministros do governo, mas não há qualquer decisão a respeito.

Senadores acham difícil a ideia vingar porque já está sendo organizada uma grande manifestação para esta quinta (12), quando se imagina que Dilma deixará o cargo.

Eles consideram difícil manter a mobilização até a sexta-feira (13).


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