"Vou subir senão vou ficar tirando muita foto, vou ficar cansado", diz Caetano Veloso na concentração da Mangueira, sentado na ponta da escada de um dos carros da homenagem à irmã Maria Bethânia. Ele atendia a pedidos de selfies na alegoria parada.
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Antes dali, o músico estava num camarote da Sapucaí. Viu os desfiles de uma área privada guardada por um segurança. Beth Carvalho e a atriz Carolina Dieckmann foram autorizadas a entrar.
No carro com uma arquibancada cheia de artistas –como as cantoras Adriana Calcanhotto, Zélia Duncan, Ana Carolina e Vanessa da Mata–, os componentes vez ou outra entoavam o samba-enredo, ainda sem a bateria.
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Caetano falava à coluna que a mãe, dona Canô (que morreu em 2012), "ia gostar" de ver a reverência à filha. "Porque tá bonito e é a Mangueira com Bethânia, combinação perfeita." Ele batia papo sentado enquanto pessoas grudadas na grade da concentração gritavam o nome dos famosos, principalmente Regina Casé e Renata Sorrah.
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"Es-quen-ta, es-quen-ta", gritava o público em coro para a apresentadora do programa da Globo. "Ê, Nazaré, não vai jogar ninguém dessa escada!", dizia um rapaz, lembrando a vilã de Sorrah na novela "Senhora do Destino" (2004). Ela ria e acenava.
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Zélia Duncan tirava foto com integrantes da escola com fantasias de penas. "Jura que eu apareci?", brincou antes de subir na alegoria.
com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI