A Alumini Engenharia S/A teve pedido de recuperação judicial aprovado nesta terça-feira (20) pelo juiz da 2ª Vara de Falências de São Paulo. A empresa é a primeira das citadas na Operação Lava Jato a entrar com pedido, protocolado no último dia 15.
Citada como Alusa, seu nome antigo, em um dos depoimentos da operação que investiga casos de corrupção na Petrobras, a construtora deixou de receber R$ 1,2 bilhão em aditivos contratuais, embora ainda não esteja sob investigação formal nem tenha nenhum de seus diretores presos.
Em função das investigações, a Petrobras suspendeu todos os pagamentos às empreiteiras citadas.
A recuperação judicial é um acordo que empresas fazem com seus credores quando não têm mais capacidade de pagar suas dívidas. O arranjo, que visa evitar a falência, é feito para que a companhia possa superar sua crise.
Em nota, a assessoria da construtora informa que, "para elaborar o plano, que será submetido à aprovação dos credores, a Alumini Engenharia contratou o escritório de consultoria Alvarez & Marsal, especializado nessa área". O plano deverá ficar pronto dentro de 60 dias.
A Operação Lava Jato, da Polícia Federal, investiga um esquema de lavagem de dinheiro que agia dentro da Petrobras. Licitações da estatal eram fraudadas para que o valor dos contratos assinados fossem superfaturados.
Ao todo, 23 fornecedoras foram citadas em depoimentos à PF como integrantes de um cartel e foram temporariamente impedidas de serem contratadas pela petroleira.