Folha de S. Paulo


Até Obama reclama do Facebook por notícias falsas

Jonathan Ernst - 4.ago.2016/Reuters
U.S. President Barack Obama takes the stage to deliver remarks at a Hillary for America campaign event in Charlotte, North Carolina, U.S. November 4, 2016. REUTERS/Jonathan Ernst ORG XMIT: WAS927
O presidente americano Barack Obama em evento de campanha de Hillary Clinton

De Barack Obama, em Michigan, sobre a febre de notícias falsas: "É só estar no Facebook para as pessoas acreditarem. Cria esta nuvem de nonsense".

O alarme soou em abril, numa agência da Macedônia que ouviu jovens que criaram seis sites pró-Trump, de posts inventados. Em julho o "Guardian" já identificou 150, só na Macedônia. E agora o "BuzzFeed" ouviu alguns deles sobre a motivação. "Não se importam com Trump", mas o Facebook "paga quatro vezes mais por americanos", pelos anúncios que veicula.

E não faltam sites nos Estados Unidos. O "Denver Post" acaba de denunciar um falso concorrente com o título irônico "Não existe um 'Denver Guardian', apesar do post de Facebook que você viu". Em seguida, o site "Vox" cobrou, diretamente: "O Facebook está causando danos à nossa democracia, e Mark Zuckerberg precisa fazer algo quanto a isso".

O "New York Times" também cobrou, citando Facebook "e outros", mas lembrando: "A cura para o jornalismo falso é uma dose esmagadora de bom jornalismo".

CETICISMO

Redes como a ABC de George Stephanopoulos ensaiam para o dia da eleição, mas, diz o "NYT" (reproduzido abaixo), "a era em que os âncoras serviam de autoridade final dos resultados se desvaneceu"

Reprodução
Reprodução The New York Times
Reprodução de notícia do "The New York Times"

RESULTADO AO VIVO

Os sites "Politico" e "Recode" anunciam que os números da eleição começarão a sair, pela manhã, da start-up Votecastr. Quebrando a tradição da mídia americana, não vai esperar o fim da votação. A justificativa é que o eleitor já vai para a cabine carregado de projeções "e é melhor para o americano ter informação em vez de não ter".

LÁGRIMAS DE DRUDGE

O "Drudge Report" abraçou o WikiLeaks na reta final, destacando os ataques eletrônicos ao site. Matt Drudge deu link de uma entrevista de Julian Assange e escreveu: "Acabei de ver, em lágrimas. É talvez o último herói que restou no jornalismo. De cortar o coração".


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