A CPFL poderá adquirir distribuidoras perto das que a empresa já tem e construir novos parques de geração, como de eólicas, e linhas de transmissão. Grandes hidrelétricas estão descartadas.
"Olhamos tudo, mas não há nada concreto", diz André Dorf, presidente da empresa.
O executivo dá como exemplo o interesse na compra da CEEE, companhia estatal do Rio Grande do Sul.
A CPFL tem dois terços do mercado do Estado e teria sinergias para incorporar o ativo -que não está à venda, mas o mercado especula que possa entrar em um pacote de privatizações.
Distribuidoras no mercado, como as da Eletronorte, não atraem tanto. "Por dever de ofício, vamos avaliar, mas elas têm menos sinergia com nosso portfólio."
Em julho do ano passado, a chinesa State Grid comprou da Camargo Correa toda a sua participação vinculada ao bloco de controle da companhia sediada em Campinas.
Na quinta (30), em uma operação em que os minoritários tiveram a oportunidade de vender suas ações nas mesmas condições dos acionistas majoritários, a State Grid ficou com quase 95% da empresa brasileira.
Se a gigante asiática fizer novos aportes no país, será via CPFL, diz Dorf -a não ser que seja em grandes linhas de transmissão.
Os planos de investimento, por enquanto, continuam os mesmos de antes da entrada dos chineses: R$ 10 bilhões em cinco anos.
A mudança do marco regulatório, que está em debate, deve influenciar os aportes.
"Tenho preocupação com a continuidade de iniciativas desse governo: a nova regulamentação, as questões emergenciais e a continuidade da equipe do ministério [o titular da pasta deve deixar o cargo, em razão de campanha eleitoral em Pernambuco]", diz.
"Agora vamos ter a substituição de diretores da Aneel, que é um ponto de ansiedade para nós. O setor está em ebulição, é motor da economia. Preço de energia afeta decisão de investimento."
RAIO-X CPFL
R$ 11,3 bilhões
A State Grid pagou por 40% do capital na quinta (30)
R$ 544 milhões
A CPFL investiu no terceiro trimestre de 2017
32,4%
É o mercado livre nas vendas
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Vinícolas gaúchas vão aumentar investimentos em 2018
O setor vinícola do Rio Grande do Sul prevê aumentar seus investimentos em 2018, após um ano de aportes mais baixos devido à crise econômica.
A cooperativa Aurora, que neste ano aportou R$ 6 milhões em maquinário, vai destinar R$ 25 milhões à ampliação de sua unidade na região do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves (RS).
A maior parte do montante será aplicado na construção de um pavilhão e na compra de equipamentos para o local.
"Prevemos um crescimento de 10% em receita no ano que vem e vamos apostar na linha de espumantes e sucos", afirma Hermínio Ficagna, presidente da cooperativa.
A Salton investirá R$ 12,5 milhões em maquinário e no desenvolvimento de produtos.
Já a Garibaldi vai aplicar R$ 5 milhões, 42% a mais do que no ano passado na automação do processo de fabricação das bebidas e na ampliação do estoque.
"Vamos aumentar a capacidade de produção, que está quase tomada, especialmente na área de espumantes", diz o presidente, Oscar Ló.
A Nova Aliança também vai aportar R$ 5 milhões em 2018, no envase de espumantes e na renovação de seus vinhedos.
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DENTRO OU FORA DE CASA - Empregadores que dão cursos aos jovens aprendizes
Aprendizado interno
Jovens aprendizes que fizeram tanto a parte prática como a teórica do programa dentro de empresas têm uma chance 20% maior de entrar em uma grande companhia depois de formados, segundo estudo do Ipea,
As aulas dos adolescentes que participam podem ser dadas em instituições credenciadas, como as do Sistema S, ou nas próprias companhias, se essas decidirem estruturar cursos para suas necessidades -o que implica gastos.
Os resultados no curto e médio prazo são parecidos, diz Carlos Corseuil, um dos economistas responsáveis.
"Os egressos de programas internos não conseguem salários de entrada melhores quando começam a trabalhar, mas em tese, por entrarem em companhias maiores, têm mais perspectivas."
Não foi observado nenhum efeito na empregabilidade dos diferentes cursos.
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Saúde... O Dasa, de medicina diagnóstica, investe R$ 15 milhões em um sistema da Gene One que permitirá digitalizar amostras de exames.
...moderna O material colhido em laboratórios será analisado por um software que ajudará médicos a emitirem laudos a partir de 2018.
Contabilidade Quase dois terços (63,3%) das empresas no Brasil recebe notas fiscais com erros de preenchimento, segundo a plataforma Arquivei.
*Comércio... * As vendas no varejo do Estado de São Paulo subiram 1,1% em setembro, em relação ao mesmo mês de 2016, segundo a ACSP (do setor).
...paulista O crescimento se refere ao varejo ampliado, que inclui automóveis e material de construção. Nos nove primeiros meses do ano, a alta é de 3,2%.
Às compras A Ascential, dona do festival de Cannes e da consultoria WGSN, comprou a brasileira Use Fashion, de pesquisa. O valor não foi divulgado.
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com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS