O volume gerado por IPOs (ofertas públicas iniciais de ações) e follow ons (ofertas subsequentes) do mercado brasileiro como um todo deve somar entre R$ 40 bilhões e R$ 45 bilhões, podendo fechar 2017 com R$ 50 bilhões.
Eduardo Alcalay, presidente do Bank of America Merrill Lynch no Brasil desde junho, confirma a estimativa do mercado para o fechamento deste ano.
O banco não divulga a expectativa para suas próprias operações, mas afirma que manterá a posição de protagonista do ano passado e ficará entre os três maiores —ficou na primeira posição em oferta de ações.
Para 2018, a expectativa gira em torno do mesmo patamar, afirma.
"Isso se o ambiente de negócios continuar positivo, à luz da evolução do cenário econômico e político local e macro no exterior."
No primeiro trimestre de 2018, Alcalay afirma que a janela ainda estará aberta para IPOs e emissão no exterior de bonds —a depender da evolução dos mercados, frisa.
Não houve, diz ele, pressão entre companhias para captar neste último trimestre antes do início do ano eleitoral.
"Empresas estão tendo, neste final de ano, não diria uma pressa, mas um senso de oportunidade. As que se prepararam a tempo para vir a mercado aproveitaram esse contexto positivo."
O banco, afirma, está muito ativo no mercado de emissão de dívida de longo prazo no exterior para empresas atuantes no Brasil.
O prazo médio tem sido entre 7 e 10 anos.
"Algumas poucas empresas têm feito por um período mais longo, de 30 anos", relata o executivo.
"A demanda está muito forte. Investidores têm buscado retornos mais altos e os encontram no mercado emergente, principalmente no Brasil, onde há uma massa crítica de empresas e de tamanho de recursos bastante grande."
Raio-X
R$ 103,62 milhões
é o lucro líquido registrado pelo banco no 1º sem. 2017
10,15%
é a rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido registrada no período
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Busca por vagas em finanças ganha força no fim de 2017
A procura por cargos de alto escalão na área de finanças cresceu de forma acelerada nos últimos meses, segundo empresas de recrutamento.
Houve um aumento médio de 30% na busca por posições de planejamento e relações com investidores, de acordo com a Michael Page.
"A crise tinha deixado os profissionais mais receosos a movimentações. Muitos agora querem estar bem posicionados para uma retomada da economia", afirma o diretor-executivo, Ricardo Basaglia.
Além do maior otimismo, alguns executivos estão no fim do ciclo de reestruturação para o qual foram contratados durante a recessão, diz Jonathan Sampson, diretor-geral da Hays no Brasil.
"O setor financeiro não está ficando mais calmo, como normalmente acontece nesta época do ano."
As empresas também têm contratado mais: a demanda na área de finanças teve alta de 35% no segundo semestre na Hays. Na Robert Half, foi de 20%, afirma o diretor-geral, Fernando Mantovani.
"Nos últimos meses, notamos as empresas atrás de posições não da linha de frente, de vendas, mas em áreas mais corporativas", diz ele.
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Frota maior
A receita das cooperativas de transporte de carga deverá crescer 14,2% em 2017, segundo a OCB, que reúne as adeptas do modelo.
A previsão também é de alta no tamanho da frota (5%) e no volume de carga (3,5%).
O crescimento é explicado por mudanças que tornaram os cooperados mais competitivos, entre elas a criação de uma central nacional de compras, que permite negociar preços mais baixos, afirma Abel Paré, da entidade.
"Clientes buscaram reduzir perdas mas também preços mais baixos. As cooperativas conseguiram ou mantê-los, ou sofrer menos que os autônomos", diz ele.
COOPERATIVAS DE TRANSPORTE DE CARGA - Desempenho estimado do setor
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Corte... A rede de moda masculina Aramis começou a usar uma plataforma em suas lojas para agilizar o atendimento a clientes. O investimento em 2017 foi de R$ 25 milhões, diz o CEO, Richard Stad.
...moderno A tecnologia foi colocada em algumas lojas próprias do grupo. No ano que vem, a empresa investirá mais R$ 10 milhões, além de abrir de 2 a 3 unidades. Hoje, são 79.
Dinheiro... O valor das transações feitas com cartões no Brasil vai crescer 5,5% em 2017, acima do aumento de 4% das compras com cédulas, de acordo com a empresa de pesquisa Euromonitor.
...de plástico Na média global, o pagamento com notas vai cair 1%. Os brasileiros encerrarão 2017 com um gasto de US$ 406,9 bilhões (R$ 1,3 trilhão) no cartão de crédito.
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com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS