Folha de S. Paulo


Ministério Público recomenda que São Paulo retome licitação de iluminação

Edilson Dantas - 2.ago.2014/Folhapress
SÃO PAULO, SP, BRASIL, 02-08-2014: Funcionários da Prefeitura trocam lâmpadas convencionais pelas LED, que emitem luz branca e são mais econômicas, em poste no viaduto do Chá, no centro de São Paulo (SP). Já foi foi trocado no entorno da biblioteca Mario de Andrade, que fica na Praça Don José Gaspar e Viaduto do Chá. (Foto: Edilson Dantas/Folhapress)

O Ministério Público de São Paulo emitiu um parecer favorável à continuidade da licitação para a PPP de iluminação das ruas de São Paulo.

A disputa está suspensa. Em 1º de outubro, o município firmou um contrato emergencial com a FM Rodrigues, que participa do certame e que presta o serviço para a cidade.

Em maio, a companhia solicitou que a Comissão Especial de Licitações da Prefeitura considerasse seu concorrente na disputa inidôneo.

A Quaatro, que integra o outro consórcio, detém 99,9% de uma empresa que presta serviços de iluminação pública e que foi impossibilitada de participar de licitações.

Para a Prefeitura, na prática, ambas são a mesma companhia e devem ser consideradas inidôneas.

O documento do MP não decide o imbróglio, mas dá força ao entendimento de que os envelopes devem ser abertos, mesmo que ainda não se tenha uma decisão legal sobre os envolvidos.

O parecer afirma que "os recorridos desclassificaram sumariamente o consórcio impetrante [formado pela Quaatro e outras empresas], prejudicando-se a concorrência, que deve atender à supremacia do interesse público".

A Prefeitura afirma que "aguarda o julgamento do mérito da ação para dar continuidade ao certame."

Procurados, o consórcio Walks e FM Rodrigues não se manifestaram. Os outros representantes não foram localizados até o fim desta edição.

Editoria de Arte/Folhapress
Mercado aberto ppp da iluminação

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Além dos nomes sujos

Mesmo com uma retomada do mercado de crédito, uma das prioridades do Serasa Experian em 2018 será a diversificação de seus produtos, segundo o pressidente, José Luiz Rossi.

"Os serviços de análise de crédito e seus correlatos ainda representam 85% do nosso negócio. Cerca de 15% vem de novas iniciativas, mas essa fatia vai crescer."

Além da análise da capacidade financeira de consumidores, a companhia tem utilizado seu banco de informações para oferecer serviços de análise de dados, marketing e de atendimento ao consumidor.

"Nosso investimento em tecnologia é de 11,6% da nossa receita bruta. Uma parte disso é em renovação do parque tecnológico, mas 25% do valor vai para o crescimento do negócio."

O aporte deve ser de cerca de R$ 280 milhões, porque a estimativa é que o Serasa Experian tenha uma receita bruta de R$ 2,4 bilhões neste ano.

A previsão para o ano que vem é pelo menos manter esse ritmo de investimento, segundo Rossi.

2.500
são os funcionários da empresa no Brasil

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Conselheiros do FGTS divergem em relação a uso para quitar Fies

A permissão para que endividados com o Fies saquem recursos do FGTS, proposta da Câmara na medida provisória do crédito estudantil, divide representantes de entidades patronais que participam do conselho curador do fundo.

"É um dinheiro oriundo de reserva do trabalhador, e os alunos passam por apertos para conseguir quitar o financiamento após formados", afirma Antônio Magno Borba, representante da Confederação Nacional da Saúde.

Educação tem verba prevista no orçamento da União, e o propósito do FGTS não a contempla, diz José Carlos Martins, da Câmara Brasileira da indústria da Construção.

"Cerca de 30% dos que possuem dívida no Fies têm depósito no fundo de garantia. Dá R$ 27 bilhões, mais ou menos metade da verba prevista para a habitação em 2018."

Foi o relator da medida provisória do Fies, o deputado Alex Canziani (PTB-PR), que incluiu a possibilidade de usar o FGTS para pagar o Fies.

O texto vai a plenário e, para derrubar essa parte do projeto, é preciso que a emenda seja votada em destaque.

Os que são contrários vão procurar os deputados para derrubar essa proposta, afirma um representante do comércio no conselho do FGTS.

fgts

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Divergência familiar

Três quartos dos herdeiros de companhias afirmam que utilizar novas tecnologias é uma estratégia importante, mas apenas 7% dizem que sua empresa familiar investe nessa área, segundo a PwC.

A consultoria realizou um estudo global em 21 países, que incluiu o Brasil.

"É o dilema de tradição contra inovação nas empresas familiares", diz Silvia Martins, da área de governança da PwC.

Cerca de 29% dos jovens entrevistados afirmam que poderiam contribuir mais com a companhia.

"Temos feito muita mediação entre as gerações. Os mais novos precisam levar boas evidências e dados para que sejam ouvidos."

pwc

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Importar é arriscado

A Projetoal, de São José do Rio Preto (SP), vai investir R$ 23 milhões em uma fábrica para produzir um painel de alumínio usado para revestir edifícios. A empresa já trabalha com esse produto, mas, hoje, ela traz da China.

"Importar é arriscado, o governo pode entender que há dumping, mudar regras do dia para a noite, e precisaríamos sair do mercado", diz o sócio Jefferson Lousa.

Mesmo com a produção nacional, no entanto, a companhia do interior de São Paulo ainda terá que recorrer à China para abastecer metade de seu volume de vendas.

O revestimento, conhecido pela sigla ACM, tem sido bastante usado -subiu especialmente um tipo específico, que retarda a propagação de fogo, segundo Lousa.

O recurso para a construção da fábrica é próprio. A Projetoal tem seis filiais no Brasil, além da sede.

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Hora do Café

com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS


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