Folha de S. Paulo


Empresas de passagens áereas vão à Justiça contra Visa, Master e Amex

Paulo Pinto/ Fotos Públicas
14/07/2016- São Paulo, Brasil- Recessão atinge companhias aéreas brasileiras e oferta de voos pode diminuir. Na foto: avião pousa no aeroporto Internacional de São Paulo.( Fotos Publicas)
Prejuízo com fraudes de cartão foi de R$ 200 milhões em 2016, segundo empresa de cartão

A associação dos consolidadores de passagens aéreas vai entrar com uma ação contra a Visa, a Mastercard e a American Express para que as bandeiras se responsabilizem pelas fraudes em compras com cartão de crédito.

O prejuízo com fraudes foi de, no mínimo, R$ 200 milhões em 2016, estima a Air Tkt, entidade autora da ação que reúne consolidadores como Esferatur e Ancoradouro.

O setor faz o meio de campo entre companhias aéreas e agências de turismo, que são mais de 10 mil no país. A fraude ocorre, em geral, em vendas on-line ou por telefone.

"Na maioria dos casos, se descobre o problema só depois da viagem. Como somos nós que emitimos a passagem, ficamos com a dívida, mesmo que a compra tenha sido autorizada pelo cartão", afirma o presidente, Ralf Aasmann.

As empresas não repassam o valor às companhias aéreas para não se indisporem com o parceiro comercial.

"A ação será inicialmente contra as bandeiras, que nos debitam o valor, mas poderá chegar aos bancos."

O problema ocorre em outros setores do comércio, e, em geral, o risco é da gestora do cartão, diz a sócia do Demarest Maria Helena Bragaglia.

"Faz parte do negócio da empresa de pagamento, mas a jurisprudência diverge. É preciso analisar caso a caso, se a empresa tomou os devidos cuidados na venda."

A Mastercard diz que não tem a responsabilidade pelas transações, que seria dos bancos. A American Express não quis comentar. A Visa diz que a Abecs, entidade do setor, responderia pela empresa.

A associação afirma que o sistema brasileiro de pagamento eletrônico é um dos mais evoluídos do mundo.

Editoria de Arte/Folhapress
como ocorre a fraude

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HIPERTROFIA INESPERADA

A rede de academias Bluefit encerrará 2017 com mais unidades do que o previsto inicialmente, segundo o fundador, Fernando Nero.

O plano era ter 25 operações próprias até dezembro deste ano, mas o número chegará a 40 devido à disponibilidade de pontos e a duas aquisições.

"No ano que vem, teremos um planejamento mais conservador, de 40 unidades por ano, sendo que metade serão franquias. Prevemos um aporte próprio em torno de R$ 60 milhões."

A Bluefit aposta no volume de alunos para crescer: tem mensalidades de R$ 80, mas oferece outras atividades além de musculação.

Os recursos serão próprios. A companhia tem como sócios um investidor anjo e o fundo Leste Capital, de Emanuel Hermann, ex-diretor do BTG Pactual.

25
são as unidades abertas

3.000 a 3.500
é o número de alunos para que uma unidade seja viável

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Crescimento do setor de seguros perde força ao longo do ano

O setor de seguros segue em crescimento em receita, mas nos últimos meses, as taxas desaceleraram.

Entre janeiro e março deste ano, o desempenho acumulado em 12 meses variou entre 9,2% e 11,6% em relação ao período anterior.

De lá para cá, o índice caiu e, em julho, último mês com dados disponíveis, a alta dos últimos meses foi de 7,7%.

O setor tem diferentes segmentos que são influenciados por vários fatores da economia, diz Marcio Coriolano, presidente da CNSeg.

O VGBL, o grande responsável pela força dos seguros nos últimos anos, perdeu atratividade com a queda da Selic (taxa básica de juros).

O rural segue em alta, mas não atinge níveis observados em 2016, como de 27%.

A novidade positiva é do setor de carros, que apresentou quedas no ano passado.

"A renda real melhorou, os empréstimo ficaram mais baratos com os juros menores, as concessionárias desovaram seus estoques e houve liberação do FGTS. Isso serviu para o seguro de automóveis se recuperar", diz Coriolano.

Nos 12 meses terminados em julho, houve alta de 3,5% de seguros de autos.

DESACELERADA - Setor de seguros ainda cresce, mas a taxas menores

Desempenho acumulado em 12 meses, em %

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Marketing turístico

A transformação da Embratur em agência poderá trazer de R$ 350 milhões a R$ 450 milhões ao seu caixa, afirma Vinicius Lummertz, presidente da entidade.

O instituto de promoção do turismo é uma autarquia hoje, e, assim como outros órgãos, foi impactado pelo contingenciamento.

A conversão em agência é tida como uma prioridade porque permitirá buscar novas fontes de recurso.

"Temos 2% da receita bruta do turismo como meta, cerca de US$ 140 milhões (R$ 439 milhões). É o mesmo que o México investe hoje."

A origem desse montante será o foco da discussão com o governo nas próximas semanas. A previsão é que a mudança do modelo da Embratur seja votada no início de outubro, diz Lummertz.

O texto foi apensado ao projeto que propõe a abertura do mercado de aviação para companhias aéreas estrangeiras.

R$ 132,7 MILHÕES
era o orçamento previsto para a Embratur em 2017, antes do contingenciamento

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Renovação... A Drogaria Iguatemi vai reinaugurar em outubro sua loja localizada no shopping de mesmo nome, na capital paulista. Ela passará dos atuais 140 m² para 200 m² e terá um foco em tecnologia.

...farmacêutica Entre as mudanças, está uma ferramenta que envia ofertas para o celular dos clientes quando entram na loja. "É uma loja conceito. Se for bem absorvido, podemos levar às demais", diz o diretor, Leonardo Jorge.

Tecido vivo O OM.group, holding do diretor criativo da Osklen, Oskar Metsavaht, fez um investimento na SolarGrid, de painéis de energia fotovoltaica, e se tornou sócia. O valor do aporte não foi revelado.

Feliz O BCG construiu um índice de como a riqueza de um país se converte em bem-estar da população. O Brasil ficou classificado entre as 35 maiores nações.

Eventos A Hashkaot Participações investirá R$ 10 milhões em uma feira de negócios fitness, que ocorrerá no Anhembi, em São Paulo.

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com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI


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