Folha de S. Paulo


Contax se une a empresa de marketing e muda de nome

Eduardo Knapp/Folhapress
Sao Paulo,, Brasil, 08-04-2015 15h00: Especial Fronteiras do Pensamento. Funcionarios trabalham no Call center do Grupo FOLHA. Foto em mais de uma exposicao (Foto Eduardo Knapp/Folhapress.ESPECIAL)

A Contax, de atendimento e contact centers, mudará de nome. Passará a se chamar Liq a partir desta segunda (11).

A alteração ocorre após a união com a Ability, de marketing promocional, que já pertencia à companhia desde 2010, quando foi adquirida.

"O nome vem de 'líquido', que caracteriza o que queremos da empresa: uma companhia que se adapta às necessidades do consumidor, dinâmica, fluida", diz o diretor-presidente, Nelson Armbrust.

"Começamos a planejar no ano passado uma forma de unir as empresas. Integramos as áreas, movemos os funcionários, e esse processo culminou em uma nova marca."

RAIO-XContax e Ability

Além de unificar o portfólio, a mudança permite aproveitar a representatividade de mercado da Contax para oferecer os produtos que eram da Ability, diz o executivo.

"No setor de centro de atendimento, que é bastante concentrado, ela é uma das maiores empresas, com 18% de 'market share'. E, embora seja uma das maiores no de marketing promocional, a Ability tem uma fatia de 1%."

Apesar de ser um nome consolidado, o novo posicionamento não terá um custo elevado, nem impacto no endividamento da operação, diz ele.

"Como a nossa quantidade de clientes é pequena -são cerca de 50- e estamos voltados ao B2B [atendimento a empresas], a mudança da marca balança o mercado da maneira que precisamos."

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Mobilidade

A Nuvem Shop, uma empresa que permite que lojas on-line possam criar e gerenciar seu ambiente na internet, recebeu aporte de R$ 24 milhões de seis fundos para investir nos próximos meses.

O dinheiro será usado para aumentar a equipe e a capacidade de atendimento -a empresa deve consumir mais espaço de servidores na nuvem, afirma o diretor-executivo Santiago Sosa.

O central, afirma, será desenvolver mais as possibilidades de gerenciamento por meio de smartphones.

"As lojas precisam carregar mais rápido, e o varejista on-line precisa administrar diretamente em dispositivos móveis -ordenar itens, mudar os catálogos etc."

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Descobridor de mares

Karime Xavier/Folhapress
Mercado Aberto: Pierre Schurmman, sócio da aceleradora de startups Bossa Nova Investimentos
Pierre Schurmman, sócio da aceleradora de startups Bossa Nova Investimentos

A Bossa Nova, que investe em empresas de tecnologia, vai alocar R$ 20 milhões ainda neste ano em novas startups. De julho de 2016 a julho deste ano já aplicara R$ 19 milhões.

Capitalizada, a Bossa tem um saldo de R$ 100 milhões recebidos do BMG e o aporte de uma empresa para aplicar em ferramentas para varejo, diz o fundador Pierre Schurmann.

Além disso, há investimentos de pessoas físicas, por meio de um FIP de R$ 100 milhões, que captou R$ 40 milhões. Para 2018, a expectativa é investir entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões. Além da injeção de recursos, uma mudança de modelo permitiu ganhar escala e saltar para 178 startups, diz Schurmann.

"Tinha de crescer rápido, e sendo dois sócios, quando chegássemos em 60, estaria fazendo água no processo." E disso ele entende: Schurmann é o filho mais velho da primeira família brasileira a dar a volta ao mundo de veleiro.

"Muitos desafios de startups são comuns. Criamos a Rede Bossa. Os próprios fundadores respondem a perguntas básicas: que plataforma uso, como faço marketing e contrato pessoas?"

Além da troca de conhecimento, uns abrem portas de seus contatos de empresas para os outros. Cerca de 92% dos problemas são resolvidos, diz. Para 2018, o rumo é mais ambicioso.

"Vamos fazer tickets mais generosos -hoje vão de R$ 100 mil a R$ 300 mil, máximo de R$ 800 mil -e ajudaremos empreendedores nas próximas rodadas. É difícil conseguirem aporte na faixa de R$ 2 milhões."

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Portas giratórias

Editoria de Arte/Folhapress
CONCENTRAÇÃO BANCÁRIADistribuição de agências no país
CONCENTRAÇÃO BANCÁRIADistribuição de agências no país

Os bancos abriram 218 novas agências no ano passado, contra 1.031 em 2016. Os dados são das juntas comerciais, compilados pela Neoway.

Cada unidade precisa de um CNPJ para operar, e assim as aberturas aparecem no levantamento, diz Cristina Della Penna, diretora da empresa que apurou os números.

"A crise econômica desses dois anos explica a diminuição do número de agências, que deve continuar", afirma.

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Doações O Senado aprovou lei para a criação de fundos de doações a entidades sem fins lucrativos que promovem ciência, cultura e ensino.

Pés O faturamento com as exportações de calçados subiu 13,3% neste ano, mas a venda de pares teve alta menor: 0,5% entre janeiro e agosto.

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Hora do café

com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI


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