Um fator circunstancial pode ter pesado no veto imposto pelo Cade, afirmam fontes que atuam junto ao conselho: a conversa de Michel Temer com Joesley Batista tornada pública no fim de maio.
O órgão é citado nas gravações feitas pelo sócio da JBS.
Entre os advogados, se diz que, para afastar suspeitas de favorecimento, o Cade tem sido mais rígido em seus atos.
As rejeições à fusão entre Kroton e Estácio e compra da Ale pela Ipiranga aconteceram depois disso.
Eles afirmam considerar que o órgão sempre teve atuação independente, e que foi citado nas conversas, mas que os conselheiros não se deixaram influenciar.
No entanto, em consequência dos áudios, o órgão adotou esse mecanismo de autodefesa e assumiu um perfil mais intervencionista e conservador, dizem eles.
Atos de concentração devem passar a ser julgados com mais rigor, esperam.
No mercado de fusões e aquisições já há a leitura que vai ser cada vez mais difícil passar pelo órgão, e que fusões que foram aprovadas nos últimos 20 anos não teriam chance, caso fossem apresentadas no presente.
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