As concessionárias de rodovias deverão investir cerca de R$ 20 bilhões até 2021, segundo o presidente-executivo da ABCR (que representa as empresas), César Borges.
O valor, no entanto, não deverá chegar nem a R$ 8 bilhões caso não se alcance uma solução para destravar os aportes em concessões federais, afirma.
"Cerca de 5.000 quilômetros de obras em curso têm problemas nos contratos."
Como a Medida Provisória sobre concessões foi sancionada sem alongar os prazos para investimentos, previstos até 2018, o setor aguarda uma regulamentação que defina como os contratos serão devolvidos e relicitados.
"A agenda é que a regulamentação ocorra até o fim de novembro, quando será definido como ocorrerão as devoluções, quem vai ser indenizado e de que forma", diz ele.
"Vai demorar no mínimo dois anos para o governo relicitar os trechos. Enquanto isso, os aportes continuarão paralisados."
Os investimentos que não deverão ser impactados são relativos a outros 5.000 quilômetros de concessões federais mais antigas, anteriores a 2013, além dos dois projetos licitados neste ano em São Paulo, segundo Borges.