Folha de S. Paulo


Enquanto outras linhas têm retração, consignado cresce 22% no início do ano

As concessões de empréstimos consignados cresceram 22% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período de 2016, segundo dados do Banco Central.

De janeiro a março, o crédito a pessoas físicas das outras linhas caiu 4,6%.

A alta do consignado pode parecer expressiva, afirma Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo da Anefac (associação de executivos de finanças), mas a base de comparação, que é o volume do começo de 2016, é baixa.

"Os bancos não podem ficar eternamente sem emprestar. Eles precisam rodar a máquina e privilegiam operações onde há risco menor."

O volume de concessão de consignados tende a crescer ainda mais com a decisão do governo de permitir que se use o saldo do FGTS como garantia dessa modalidade de empréstimo, afirma ele.

Essa regra passou a valer em abril. Os números deste mês ainda não foram divulgados pelo Banco Central.

A diferença de desempenho das duas linhas deve se intensificar nos próximos meses, afirma Cesar Castelani, professor e pesquisador da Fundação Getulio Vargas.

Os consignados devem crescer com a possibilidade de dar o FGTS como garantia, mas as outras linhas estão mais suscetíveis às circunstâncias macroeconômicas.

"O risco é grande para quem empresta e para quem precisa de empréstimo -com a última crise que afeta o Executivo, os bancos não devem ampliar crédito sem garantia e a demanda vai cair."

Consignados sobem, e empréstimos de outras linhas caem - Comparação com mesmo tri de ano anterior, em %

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Só pensam... Organizada pelo banco JP Morgan, a conferência por telefone do ministro Henrique Meirelles na tarde de segunda-feira (22) começou com cerca de 900 pessoas. No final, eram 1.400.

... naquilo Como não podia deixar de ser, o maior interesse dos participantes era saber como ficam as reformas, em especial a da Previdência.

Acabou o papel? Mais de metade (52%) da movimentação de documentos da prefeitura de São Paulo em maio foi digital, segundo a Secretaria de Inovação e Tecnologia.

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Queda do setor de linha branca perde ritmo, mas ainda é de 3% no 1° tri

A venda de produtos de linha branca caiu 3% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2016, aponta a Eletros, que reúne fabricantes.

A retração do setor perdeu ritmo em 2017: as vendas haviam caído 17%, em 2015, e 11%, no ano passado.

"Alguns itens já até apresentam altas, como as geladeiras, que venderam 8% mais", afirma o presidente da associação, Lourival Kiçula.

Os segmentos de fogões e máquinas de lavar puxaram a retração, com quedas de 13% e 6%, respectivamente.

No caso das lavadeiras, há uma perspectiva de recuperação a partir de junho, com o inverno, diz Fabiano Portas, responsável pela área de linha branca da LG.

A retomada de eletrodomésticos se mostrou mais lenta que outros eletrônicos por terem um ciclo de duração maior, segundo o executivo.

A venda de televisores, por exemplo, teve alta de 38% no primeiro trimestre, e a de celulares, um aumento de 19%.

Desempenho das fabricantes de fogões, geladeiras e lavadeiras - Vendas de linha branca para o varejo, em milhões de unidades

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Centro esportivo

Após 16 anos de operação no país, a varejista francesa de materiais esportivos Decathlon inaugurará sua primeira loja na região central de uma cidade brasileira.

A unidade ficará em São Paulo, dentro do shopping Top Center, na avenida Paulista, e terá 2.800 m², segundo o diretor-executivo no Brasil, Cedric Burel.

A inauguração deverá ocorrer até o fim de 2018 e será uma das cinco até o ano que vem —haverá outras duas em São Paulo e duas em Porto Alegre.

As regiões Sul e Sudeste serão a prioridade nos próximos anos, afirma.

A recente crise política não afetará o plano de investimentos da companhia, segundo o executivo.

"Teremos mais sensibilidade no planejamento financeiro, mas as bases fundamentais da economia funcionam. Episódios de curto prazo fazem parte da transição para o crescimento do país."

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são as lojas da Decathlon no Brasil

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Aceita vale-refeição?

O uso de promoções e cupons de desconto nas refeições fora do lar cresceu 6% no acumulado de 12 meses até março de 2017, segundo a consultoria GS&MD.

"Os brasileiros estão mais racionais no momento da compra, mas também houve um aumento geral na oferta de benefícios", diz Eduardo Yamashita, da companhia.

O faturamento das redes de alimentação cresceu 6,7% em abril, em relação ao mesmo período de 2016, segundo o IFB (instituto do setor).

Na comparação que considera apenas as lojas que já estavam abertas, porém, o aumento foi menor, de 3,2%.

"Até setembro, a perspectiva é que o número de transações caia de forma cada vez mais suave e que a receita aumente, por causa do tíquete médio maior. Uma eventual retomada poderá acontecer a partir do último trimestre."

EMPRESAS DE ALIMENTAÇÃO - Variação do faturamento, em relação ao mesmo mês do ano anterior, considerando as mesmas lojas, em %

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Aluguel Apesar da tendência de alta, o total de ações locatícias caiu 30% de março para abril, devido à queda nos dias úteis, aponta o Secovi-SP.

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Hora do Café

com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI


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