Folha de S. Paulo


Aumento da receita de farmácias perde ritmo, mas cresce 9% no 1° tri

A receita das grandes redes de farmácias cresceu 9,26% no primeiro trimestre deste ano. A taxa desacelerou em relação ao ano passado, segundo a Abrafarma, que representa empresas como Droga Raia e Drogaria São Paulo.

Os itens de higiene e beleza são os principais responsáveis pelo menor ritmo de expansão: houve uma queda de 5,7% das unidades vendidas no acumulado dos últimos dois anos, até março.

No primeiro trimestre de 2017, a receita com o segmento cresceu 3,7% -bastante abaixo das taxas de dois dígitos de um ano atrás.

A estratégia das grandes redes de investir nesse gênero de produto, porém, não deverá mudar, afirma o presidente da associação, Sérgio Mena Barretto.

"Com a crise, o consumidor buscou produtos mais baratos, mas, em até um ano, esse cenário será superado."

A receita com a venda de medicamentos no país também deverá desacelerar neste ano, segundo a consultoria Close-up International. Ainda assim, a expansão prevista é de 7,5% -em 2016, a alta foi de 14%.

Um dos fatores, além da substituição de remédios de marca por genéricos e similares, é o reajuste máximo autorizado pelo governo, que foi menor em 2017 -de 4,76%, contra 12,5% no ano anterior, segundo Paulo Paiva, diretor da consultoria.

O faturamento das grandes redes com remédios, porém, foi 12,7% maior no primeiro trimestre deste ano que no mesmo período de 2016.

farmacias

*

Brookfield lançará mais edifícios residenciais neste ano em São Paulo

A Brookfield Incorporações vai lançar 11 projetos residenciais no Estado de São Paulo neste ano, com um investimento de aproximadamente R$ 650 milhões.

A expectativa da empresa é que o valor geral de vendas seja de cerca de R$ 1,3 bilhão, um aumento de 44% em relação ao ano passado, segundo João Mendes, diretor de incorporações da empresa no Estado de São Paulo.

"É inegável que o momento do mercado é ruim, mas o negócio das incorporadoras é de ciclo longo, os lançamentos são entregues em três anos, e nossa crença é que haverá retomada da economia."

Por enquanto, um deles, próximo ao Parque do Ibirapuera, foi lançado. O preço médio dos imóveis é de R$ 31 mil por metro quadrado, que, em termos nominais, é o mais alto para a empresa.

A receita com as vendas desse condomínio é estimada em R$ 110 milhões.

Outros três começarão a ser vendidos neste semestre, e os restantes, na segunda metade do ano, que é a melhor para o mercado de imóveis.

92 mil
Imóveis foram entregues pela empresa

22 milhões
de m² foram construídos ou estão em obras

*

Novo round

Criar um fundo de promoção do Brasil no exterior será a nova proposta dos hotéis para mitigar a concorrência de empresas como o Airbnb.

A ideia é que os serviços de hospedagem paguem a contribuição, que funcionaria como um tributo. Os recursos reforçariam o caixa da Embratur, que considera a medida uma boa ideia, diz o presidente Vinicius Lummertz.

Entidades como o Cetur, ligado à CNC, pretendem incluir o projeto nas discussões sobre a Lei Geral de Turismo. Algumas, como a Abih, mostram resistência e dizem defender a cobrança de ISS.

O Airbnb afirma que colabora no mundo todo com a coleta de impostos e que é importante ter cautela com o lobby hoteleiro que visa prejudicar consumidores.

*

Frente fria

A Comfrio, de logística, construirá dois armazéns refrigerados para atender o setor de alimentação, responsável por metade da receita anual de R$ 300 milhões.

A companhia cuida apenas da armazenagem de clientes de indústria e agronegócio, mas, no setor de alimentação, também é responsável pelo planejamento e distribuição de dez redes de grande porte.

Um dos complexos será no Rio e receberá investimento de R$ 20 milhões, diz o diretor-executivo Evandro Calanca.

"O outro, em Pernambuco, ficará para o primeiro trimestre de 2018. Esse aporte vai girar entre R$ 10 milhões e R$ 20 milhões."

*

Procure... Já há demanda de farmácias pelo teste de HIV que será vendido para que as pessoas façam sozinhas, diz Marco Collovati, diretor-executivo da Orange Life.

...saber A produção começará com cerca de 100 mil unidades por mês. O processo para conseguir aprovação na Anvisa durou cerca de dois anos, segundo Collovati.

*

Hora do café

com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI


Endereço da página:

Links no texto: