Folha de S. Paulo


Governo Alckmin vai criar fundo imobiliário com imóveis do Estado

Bruno Santos/Folhapress
São Paulo, SP, BRASIL, 08 -03-2017: O empreendimento Araguari, na Rua Araguari, 561, em Moema na Zona Sul de São Paulo. Na foto, vista do bairro de Moema. (Foto: Bruno Santos/ Folhapress) *** SUP-IMOVEIS *** EXCLUSIVO FOLHA***
Valor total do fundo poderá chegar a R$ 1,5 bilhão, segundo estimativa do governo

O governo Alckmin criará um fundo imobiliário para facilitar a venda de imóveis que o Estado incorporou ao longo do tempo.

O valor total é estimado pela Fazenda paulista em R$ 1,5 bilhão, mas poderá ser maior porque alguns imóveis foram contabilizados por seu valor venal.

Em uma primeira rodada, serão 350 imóveis de um estoque de mais de 5 mil, entre casas, apartamentos, prédios e empresas. Os selecionados são os imóveis com documentação mais regularizada e que podem ser vendidos com maior facilidade.

O administrador do fundo será mais eficiente que o Estado na venda de imóveis, avalia Helcio Tokeski, secretário estadual da Fazenda. O mercado tornou-se muito especializado, afirma.

"Quem, se tivesse dez imóveis diferentes, daria para um único corretor vender?", pergunta-se. O gestor será escolhido por uma licitação.

"A ideia é que o fundo que contrate avaliações especializadas, faça a venda de forma a maximizar o valor, achando alguém que compre por preço melhor", diz ele.

"Ao colocar em um fundo, já conseguiremos liquidez para o Estado, à medida que as cotas são vendidas e capturarmos parte da valorização da desova do estoque."

O fundo imobiliário é marcado a mercado e fiscalizado pela CVM. A Assembleia Legislativa autorizou a sua criação em 2016.

O prazo ainda não foi estabelecido. Será definido após a consulta pública, a ser aberta em poucas semanas, com duração de 30 a 60 dias.

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UnitedHealth vai investir R$ 360 milhões em tecnologia

O UnitedHealth Group Brasil, controlador da Amil, Americas Serviços Médicos e Optum, vai investir R$ 360 milhões em tecnologia neste ano, valor 26% maior que o destinado à área em 2016.

O objetivo é instalar novos sistemas para digitalizar transações, desde a venda de planos a autorizações de procedimentos médicos.

Além de ganhos de eficiência, a empresa espera diminuir as perdas com fraudes, afirma Leonardo Almeida, diretor de tecnologia do grupo.

Em 2015, desvios e desperdícios custaram R$ 22,5 bilhões às operadoras. Isso representa 19% de todos o gastos dos planos de saúde, aponta o IESS (entidade que estuda o setor).
A Amil possui 8,8% do mercado no país.

"Com a digitalização, consegue-se ter uma ideia clara de quem são os pacientes, quais têm doenças crônicas, como diabetes, e direcioná-los a programas de gestão de saúde adequados", diz.

Um dos principais projetos é um token para a autorização de procedimentos médicos.

Um código de liberação será enviado ao celular ou tablet do paciente para validar exames e consultas. O sistema começará a ser usado até o fim do semestre.

Raio-X

R$17,1 bilhões
foi o faturamento do UnitedHealth no Brasil em 2015

32 mil
é o número de funcionários

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Calorias que cabem no bolso

Chocolates de peso reduzido ganharam espaço no setor com a diminuição da renda dos consumidores.

O segmento aumentou em 0,8% sua participação no mercado em 2016, mesmo com uma queda de 9,6% no volume vendido. A categoria de chocolates como um todo caiu 12,7%, segundo a consultoria Nielsen.

Franqueados da Kopenhagen sentiram uma demanda maior por produtos mais baratos, o que levou à venda por peso em algumas unidades, diz Renata Vichi Moraes, vice-presidente do grupo CRM, que controla a marca.

"Hoje temos 185 das 347 lojas com essa opção, que representa 6% na receita."

Os 'snacks' de chocolate, que entram na categoria de volumes menores da Nielsen, ainda têm pouca relevância para a Hershey's, mas representarão 10% do negócio até 2020, diz Marcel Sacco, diretor-geral da marca no país.

A empresa lançará pelo menos cinco itens deste segmento até o fim do ano, afirma o empresário.

PEQUENOS PRAZERES - Variação anual das vendas de chocolate no Brasil em 2016, em %

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Dividendos

Os diretores-executivos de empresas de capital aberto são mais agressivos para atingir resultados que os das companhias limitadas, aponta a consultoria PwC, que entrevistou 1.300 ocupantes desse cargo no mundo.

Quando perguntados sobre quais táticas pretendem usar para buscar metas, os chefes das listadas em Bolsa mostram maior propensão em vender uma unidade de negócios, reduzir custos e terceirizar parte da produção.

"As de capital aberto têm objetivos de curto prazo, pois precisam dar resultados trimestrais", afirma Carlos Mendonça, sócio da PwC.

Outra diferença está no recrutamento; empresas fechadas têm mais temor de não encontrar bons profissionais.

Empresas fechadas e abertas - Propensão de diretores a adotar estratégia

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Pires... O Octavio Café vai investir cerca de R$ 4 milhões neste ano para abrir cinco novas unidades. Todas serão na cidade de São Paulo ou em municípios do entorno -a empresa estuda até uma loja no aeroporto de Cumbica.

...e xícara O capital para a expansão é próprio. Hoje, existem quatro lojas abertas. O plano é inaugurar mais pontos no Estado de São Paulo até 2020, quando a companhia decidirá se vai se tornar uma franqueadora.

Boleto... Cerca de 16% dos brasileiros matriculados no ensino primário estudam em escolas privadas, aponta a Bain & Company. Na educação secundária, são 13%.

...escolar Os números são inferiores às médias de 20% e 16%, respectivamente, dos países em desenvolvimento, grupo que tem Chile, Argentina e outras sete nações.

Restaurantes A rede de bistrôs Tartuferia San Paolo investirá R$ 5 milhões para abrir cinco unidades em 2017. Serão duas em Trancoso e o restante em Goiânia, Recife e Curitiba.

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Hora do Café

com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA, IGOR UTSUMI e LUISA LEITE


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