Folha de S. Paulo


Óticas perdem 22,2% do faturamento no ano passado e projetam melhora

O faturamento do setor óptico caiu 22,2% no ano passado, mas a receita mostra sinais de melhora nos primeiros meses de 2017, segundo Bento Alcoforado, presidente da Abióptica, associação que representa o segmento.

"As vendas pararam de cair a partir de novembro de 2016 e têm mostrado uma retomada neste início de ano."

A aquisição da rede Óticas Carol pelo grupo italiano Luxottica, confirmada no mês de janeiro, sinaliza o potencial do mercado no país, segundo Alcoforado.

"Ninguém faria uma transação desse porte em um mercado que não estivesse em crescimento", afirma. A rede foi vendida por € 110 milhões (cerca de R$ 366 milhões).

A receita do setor retornou ao patamar de 2011 e deverá demorar ao menos três anos para se recuperar das retrações dos últimos dois anos.

"Em 2017, não continuaremos a enfrentar a mesma queda de 2016", diz Arione Diniz, presidente da rede Óticas Diniz. O faturamento da empresa diminuiu 9% em 2016, 3% abaixo do previsto.

No começo deste ano, houve uma reversão de tendência: "Janeiro foi um mês fantástico. Vendemos 20% a mais que no ano passado".

Ainda assim, Diniz diz acreditar que a retomada virá só no ano que vem.

Para 2017, ele espera que o a rede mantenha o faturamento estável, sem queda ou crescimento significativos.

Quem não tem colírio - Variação da receita do setor óptico em relação ao ano anterior, em %

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DINHEIRO NO CAIXA

A Saque e Pague, empresa de terminais de autoatendimento bancário, prevê dobrar de tamanho em 2017.

Hoje são cerca de 800 caixas eletrônicos da companhia, que projeta um investimento de R$ 60 milhões para ter mais 700 unidades.

A maior parte dos recursos são próprios, embora parte seja captada junto a parceiros financeiros, diz o presidente Givanildo da Luz.

A empresa se beneficiará de uma parceria recém-fechada com a ABBC (Associação Brasileira de Bancos), que reúne instituições de pequeno e médio portes, diz.

"Muitos dos associados da ABBC precisam difundir seus negócios em regiões onde não estão fisicamente."

Pelo menos 15 dos novos terminais serão capazes de substituir agências bancárias, segundo o empresário.

"Nós importamos a tecnologia do Japão e, agora, ganharemos escala."

1.500
é o número de terminais que a Saque e Pague projeta para 2017

15
são os Estados em que a empresa está presente

12
são os bancos clientes

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Setor de material de construção se anima, mas prevê menos aportes

Menos da metade da indústria de materiais de construção prevê novos investimentos nos próximos 12 meses, segundo a Abramat (do setor).

"Normalmente, temos 75% das empresas com intenção de fazer algum aporte, mas estamos apenas com 42%", diz Walter Cover, presidente da entidade.

Para 34,6% dos associados, o desempenho das vendas internas em março será bom. A porcentagem cai para 23,1% quando perguntados sobre como foram os resultados de fevereiro.

"Esperamos uma queda de 4% a 5% na receita até junho, mas a expectativa é que haja uma retomada no segundo semestre, principalmente devido à melhora nas varejistas."

O varejo é responsável por quase 80% da receita da Vedacit, que cresceu 10% em fevereiro e prevê uma nova melhora em março, afirma João Ximenes, diretor da empresa.

Materiais de construção - Parcela da indústria com pretensões de investir nos próximos 12 meses, em %

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Mais.. O Brasil é um dos países nos quais a população enxergou melhora econômica em fevereiro, na comparação com janeiro, aponta a Ipsos.

...ou menos Para 2% dos brasileiros, a economia melhorou -três pontos percentuais atrás da Bélgica e dois dos EUA, primeiros do ranking.

Casa nova Com quase 200 funcionários, a consultoria de investimentos Empiricus vai para um escritório 75% mais espaçoso que o atual.

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Hora do Café

com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA, IGOR UTSUMI e LUISA LEITE


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