Folha de S. Paulo


Ibama aumenta concessões de licenças ambientais para petróleo e gás

Petrobrás/Divulgação
Acordo da Opep melhora o cenário para novos leilões do pré-sal (Foto: Divulgação Petrobrás)

O Ibama emitiu oito licenças de operação para produção de petróleo e gás em 2016, contra três em 2015. Entre todos os tipos de empreendimentos que exigem a autorização, esse foi o que mais cresceu em volume.

O aumento de permissões em 2016 deve-se à entrada de projetos do pré-sal em maior número -de operação e de testes-, além de dois gasodutos, informa a Petrobras, por meio de nota.

A estatal foi a única empresa de petróleo que obteve permissão de operação.

"Foram pedidos feitos no passado. Entre leilão, exploração e conseguir a licença ambiental para efetivamente produzir, demora-se uma média de seis anos", diz Adriano Pires, da consultoria Cbie.

Em números absolutos, no entanto, o tipo de empreendimento que mais teve aprovações não foi o de petróleo, mas o de linhas de transmissão de energia: foram dez.

Essas são autorizações que chegam à fase final depois de cerca de cinco anos, diz Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil.

A permissão para operar linhas é dada depois das licenças prévia e de instalação. "O processo inteiro é um calvário", afirma Sales. Geralmente, há problemas fundiário e de traçado, segundo ele.

O órgão deverá receber 34 novos pedidos decorrentes de um leilão de outubro de 2016, diz Mario Miranda, presidente da Abrate (associação de transmissoras).

"O número [de novos protocolos] vai aumentar significativamente ao longo de 2017 em decorrência da relicitação de lotes que ficaram vazios até 2016 e com novos empreendimentos."

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Com nova regra, setor de biodiesel prevê recuperação neste ano

O aumento do percentual de biodiesel no diesel comum -de 7% para 8%, em 2017- deverá reverter a retração de consumo no ano passado, segundo a Aprobio, que reúne empresas do setor.

A produção deverá subir cerca de 8%, afirma Erasmo Battistella, presidente da associação e da produtora BSBIOS. Com uma retomada da economia, porém, a alta poderá chegar a até 12%.

A mudança da proporção é determinada por lei, aprovada em 2016. Até março de 2019, a taxa será de 10%.

A alta vem em boa hora: em 2016, a queda de consumo é projetada em cerca de 4%, indicam dados da ANP (agência reguladora). A ociosidade do setor é hoje de 50%.

"Neste ano, o problema da ociosidade não será solucionado, mas deverá diminuir em 15%", diz o executivo.

No caso da BSBIOS, que em 2016 teve a maior participação nas entregas do combustível, a taxa está abaixo dos 10%, segundo Battistella. Os investimentos da empresa, porém, não deverão ser retomados em 2017.

"Vamos aguardar o mercado dar sinais de retomada para voltar a expandir."

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Aposentadoria jovem

O envio da proposta de reforma da Previdência ao Congresso impulsionou os planos privados, sobretudo os produtos segmentados.

A demanda nos planos para crianças aumentou em mais de dez vezes no ano passado na Caixa, após a cesta ser relançada em outubro.

Em 2016, o volume total de vendas da companhia chegou a R$ 4,5 bilhões, uma alta de 49% em relação a 2015.

Produtos voltados para mulheres e o VGBL de até R$ 1.000 mensais cresceram 57% e 30%, respectivamente.

"A discussão [sobre a reforma] levou pessoas de menor poder aquisitivo a procurar planos de previdência", diz Rosana Techima, diretora da área na Caixa Seguradora.

A Brasilprev arrecadou R$ 9,5 bilhões com o produto para jovens em novembro, alta de 15% em relação a 2015.

A empresa investirá em novos fundos em 2017, mas o foco serão opções que combinam renda fixa com variável, diz o presidente Paulo Valle.

"O incremento, na comparação com 2015, foi de 28% em novembro", afirma.

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Carrinho vazio

O faturamento do comércio eletrônico paulista chegou a seu pior nível no terceiro trimestre de 2016, segundo levantamento da FecomercioSP e da E-bit.

A retração da receita foi de 4,6% nos 12 meses até setembro do ano passado.

"A maior parte dos produtos vendidos virtualmente são supérfluos, que acabam cortados em um momento de crise", diz a economista da federação Julia Ximenes.

O volume de operações teve uma alta de 1,4% no terceiro trimestre de 2016, na comparação com igual período do ano anterior. O tíquete médio das compras, porém, caiu 7,9% no período.

O desempenho nacional, diz ela, segue uma tendência semelhante. O Estado de São Paulo representa 46% da receita com as vendas no país.

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Ano letivo As pessoas que vão comprar material escolar pagarão à vista e em cima da hora, aponta uma pesquisa da Ipsos feita a pedido da Fecomércio RJ. Livros de educação têm inflação de 0,69% nos 12 meses até novembro.

Diagnóstico O laboratório Sabin fechou, na terça-feira (10), a compra do centro de medicina diagnóstica Franco do Amaral, em Campinas (SP), que teve receita de R$ 13 milhões em 2016. O valor da aquisição não é revelado.

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Hora do café

com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI


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