Folha de S. Paulo


Empresa de logística da Cosan muda atuação

A Brado, empresa de armazenagem e transporte de contêineres do grupo Cosan, ampliou seu foco de atuação para fazer a logística de cargas por meio de vários modais.

Criada em 2011 como uma empresa de transporte ferroviário, a companhia passou a fazer o que chama de "inteligência logística".

"Não somos responsáveis apenas pela movimentação de mercadorias em contêineres, que viajam principalmente por ferrovias", diz Rogério Patrus, diretor-presidente da companhia.

"Quando um cliente precisa que suas mercadorias cheguem do ponto A ao B, desenvolvemos um plano da operação, com os modais mais eficientes para cada caso, dentro do prazo definido."

A nova abordagem deverá permitir que a Brado movimente mais de 90 mil contêineres cheios ao ano em 2017. Neste ano, a projeção é fechar com 70 mil contêineres, mesma marca de 2015.

Caso a expectativa se concretize, o crescimento em número de contêineres transportados será de 30% -projeção que há anos a empresa não divulgava.

A empresa faz parte do grupo Cosan através da Rumo Logística, que assumiu as operações da ALL, além de ter hoje outras parcerias.

A Brado vem buscando também uma diversificação de cargas. A predominância era de mercadorias congeladas e grãos em contêineres, mais do Centro-Oeste para os portos do Sul e do Sudeste.

"Estamos batendo recordes no transporte de madeira, papel e celulose, além de passar a movimentar outras mercadorias", relata.

A companhia está em fase de testes de transporte de alguns produtos químicos.

Outra novidade é a expansão para a região Norte, usando parte da ferrovia Norte-Sul. "O mercado segue tendência animadora", acrescenta o diretor-presidente.

nos trilhos - Toneladas transportadas pelo setor no país, em milhões

RAIO-X
Brado Logística

70 mil
foi a média de contêineres cheios, ao ano, em 2015 e 2016

2,4 mil
vagões

22
terminais

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Governo de SP quer atrair verba privada a parques e zoológicos

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo vai buscar parceiros privados para investir em parques urbanos -como o Villa-Lobos e o da Juventude-, no Zoológico e no Instituto Botânico.

A ideia é disponibilizar espaços, como quadras, ciclovias, bebedouros e jardins, para que empresas façam propagandas e eventos. Em troca, pagarão uma contrapartida em dinheiro ou melhorias nos locais.

"Com a queda de arrecadação, é absolutamente salutar que se encontrem formas alternativas de financiamento", afirma o secretário da pasta, Ricardo Salles.

O projeto é um piloto para um programa em que empresas "adotariam" um parque -ou seja, fariam a gestão do local por um período. "Isso será pensado após esse teste."

A expectativa é que a iniciativa movimente, em 2017, entre R$ 10 milhões e R$ 30 milhões -metade em investimentos em reformas, metade em pagamentos diretos.

O orçamento anual da Coordenadoria de Parques Urbanos é de R$ 50 milhões.

Salles vai se reunir com possíveis interessados, na quarta-feira (19), e convidá-los a enviar propostas para avaliação. Em seguida, serão abertos chamamentos para cada projeto que for aprovado.
"O objetivo é que as atividades comecem a partir de janeiro do ano que vem."

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Em todos os cantos

A Plusoft, de serviços de canais de comunicação com clientes, investiu R$ 12 milhões em um software que reúne reclamações dispersas em várias plataformas.

"Jovens dificilmente ligam para o 0800. Eles escrevem um texto na internet em que falam mal do produto ou serviço e depois mandam e-mail. A ideia é ter o histórico em um local só", diz o diretor-executivo Guilherme Porto.

Ruim... O volume de vendas de ração para cães teve redução de 2,6% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2015, segundo a consultoria Kantar Worldpanel.

...para cachorro A queda está associada à menor quantidade comprada a cada ida ao ponto de venda. A retração, no entanto, já foi maior: 9,8% no primeiro semestre de 2015 em comparação ao de 2014.

Hora do café

com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e CAROLINA MUNIZ


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