Folha de S. Paulo


Anhembi só interessa com exploração imobiliária, dizem empresários

Adquirir o Anhembi da Prefeitura de São Paulo só interessa à iniciativa privada se houver possibilidade de construir prédios residenciais ou comerciais no local e colocá-los à venda no mercado imobiliário, segundo empresários e associações do setor.

O modelo de negócios para o terreno tem sido fruto de discussão no setor privado.

Na quinta (6), membros de entidades de feiras e eventos executivos se reuniram para debater o tema. Eles querem acertar discordâncias antes de conversar com o prefeito eleito, João Doria (PSDB).

características do anhembi - Espaço (em metros quadrados)

É consenso que os espaços de exposições para feiras não são tão atraentes, porque a oferta na cidade cresceu nos últimos anos e, hoje, consegue atender à demanda.

As áreas para convenções são mais interessantes, pois, segundo eles, faltam auditórios com capacidade entre 5.000 e 8.000 pessoas.

O Anhembi tem a vantagem de ser um espaço versátil, cuja estrutura hoje dificilmente seria aprovada, devido à atualização de normas técnicas, segundo uma pessoa do setor.

Questões ligadas à conservação do espaço, porém, o tornam menos atrativo. O teto do prédio não pode ser alterado, o que implica um transtorno para a refrigeração. O terreno ainda tem árvores cuja remoção pode ser dificultada.

O plano da prefeitura de Fernando Haddad (PT) era fazer uma concessão. Quatro projetos foram apresentados, mas apenas dois foram aprovados.

Somente a adequação do espaço deverá consumir R$ 1,5 bilhão. É pela soma desses custos que as empresas pretendem pedir uma contrapartida em área construída.

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Participação do audiovisual na economia do país cresce

O setor audiovisual continuou em crescimento mesmo quando a economia brasileira começava a dar sinais de um desaceleração.

O "PIB" das produções televisivas e cinematográficas alcançou R$ 24,5 bilhões em 2014, um aumento de 3,3% em relação a 2013, apontam os dados mais recentes da Ancine, que serão divulgados nesta sexta-feira (7).

Políticas públicas que garantem espaço às produções brasileiras, como cotas na TV paga, são parte da explicação, diz Manoel Rangel, presidente da agência. Pela primeira vez, a TV por assinatura gerou um valor maior que a aberta.

Um descolamento da demanda das variações do PIB também ajuda na expansão.

"O valor adicionado do setor audiovisual à economia em 2013 foi de 0,54% do PIB, superior ao da fabricação de têxteis, por exemplo."

De 2014 para cá, porém, houve uma desaceleração, segundo Paulo Schmidt, presidente da Apro (associação do setor) e sócio da Academia de Filmes. "Os investimentos publicitários foram menores."

Ainda assim, projeta-se que, em 2015 e 2016, o crescimento do audiovisual no país tenha sido de 2% ao ano.

OLHA SÓ - Valor agregado do setor audiovisual, em R$ bilhões

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Olhar estrangeiro

A gestora de fundos e patrimônio Azimut Brasil, empresa de origem italiana com três anos de atuação no país, planeja abrir operações no Rio e em Minas Gerais, além de aumentar sua participação em São Paulo e no Rio Grande do Sul.

A expansão pode vir por aquisições. A Azimut já comprou outras gestoras de patrimônios e fundos, elevando os ativos sob gestão para R$ 5,5 bilhões no país.

Hoje, ela busca administradoras que tenham, no mínimo, R$ 80 milhões de ativos sob gestão. A Azimut também tem planos para fazer IPO no Brasil em 2020.

A percepção da companhia é de que muitas gestoras sofreram queda de receita nos últimos anos e, agora, buscam alternativas como fusões com outras gestoras ou uma estratégia de saída por meio da venda.

"Estamos em conversas com várias empresas. Buscamos oportunidades no Rio, em Belo Horizonte e em outras cidades do Rio Grande do Sul, além de Porto Alegre", afirma Giuseppe Perrucci, presidente da Azimut Brasil.

Em 2015, a empresa comprou 60% da Quest Investimentos, administradora de recursos fundada pelo ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros.

R$ 5,5 bilhões
é o valor de ativos sob gestão da Azimut Brasil hoje

R$ 6,5 bilhões
é a meta que a empresa pretende atingir em 2017

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Sem dinheiro na mão

O Brasil é o terceiro maior mercado em volume de transações eletrônicas, atrás apenas de Estados Unidos e zona do euro, segundo levantamento da Capgemini.

O crescimento desse tipo de operação no país foi de 10,4%, na comparação de 2015 com o ano anterior, com a soma de R$ 28,7 bilhões.

"Mesmo com uma conjuntura econômica desfavorável, temos uma população não-bancarizada que utiliza cartões de programas de transferência de renda, por exemplo", afirma Paulo Marcelo, CEO da Capgemini no Brasil.

"Além disso, o brasileiro gosta de fazer transações financeiras sem dinheiro ou cheque, principalmente a nova geração", completa.

QUER PAGAR COMO? - Transações de dinheiro no Brasil, em %

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Cabeça da juventude

A corrupção é a maior preocupação para 74% dos brasileiros da geração Y, segundo levantamento do banco Credit Suisse.

Foram entrevistados 4.000 jovens em Brasil, Suíça, Estados Unidos e Cingapura. No topo da lista de temores dos norte-americanos está o desemprego (44%), e dos cingapurianos, o terrorismo (38%).

Os mais otimistas são os suíços (59%) –os únicos que não citaram a falta de trabalho como uma grande fonte de preocupação. No Brasil, 52% dos jovens veem o futuro com bons olhos. Em 2010, no entanto, eram 67%.

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Em... O Grupo CRM investiu R$ 30 milhões para começar a produzir versões em tablete dos chocolates das marcas Kopenhagen e Brasil Cacau.

...barras A ideia é ampliar o movimento das lojas, que hoje depende de datas comemorativas, afirma a vice-presidente do grupo, Renata Vichi.

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Hora do café

com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA, JOANA CUNHA e CAROLINA MUNIZ


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