Folha de S. Paulo


Vendas do varejo paulista ainda caem 10,5% em junho, mas retração é menor

A tendência de queda de vendas do varejo no Estado de São Paulo diminuiu em junho. No mês, o recuo foi de 10,5% em relação a igual período de 2015 –em maio, esse percentual era de 12,9%.

Os dados são da ACSP (associação comercial paulista).

"Ainda está negativo, mas a retração foi menor, o que pode ser interpretado como um sinal de melhora nos negócios", diz Marcel Solimeo, economista da entidade.

Como o segundo semestre do ano passado foi muito ruim para as vendas, a base de comparação também é baixa, lembra ele.

"É como estancar um sangramento. O comércio não está sadio, mas responde à perspectiva de retomada da economia e não poderia acumular perdas eternamente."

A tendência, segundo Solimeo, é que o segundo semestre seja de quedas cada vez menores, e que o faturamento total de 2016 seja semelhante ao de 2015.

"Os fatores que determinaram esse cenário –como desemprego, perda de confiança e juros altos– não se resolverão rapidamente. Nesse contexto, empatar com o ano passado já será positivo."

Entre os segmentos com maiores perdas estão o de móveis e decoração (22,6%), as concessionárias de veículos (22%) e o de materiais de construção (15,2%).

Junho foi um pouco melhor para os supermercados e as farmácias, que caíram 3,3% e 4,8%, respectivamente.

CAIXA LIVRE - Segmentos do varejo paulista com as maiores quedas de vendas, em %

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UM LUGAR AO SOL

O Rio de Janeiro é a capital do país com a maior taxa de retorno em projetos de energia solar fotovoltaica de alta tensão, direcionados a grandes indústrias, segundo o índice da Comerc Solar.

No caso do consumo de baixa tensão, em condomínios e comércios de menor porte, Belém (PA) lidera o ranking das capitais em que mais compensa investir na matriz fotovoltaica.

O indicador, que a comercializadora lança nesta semana, avalia a irradiação de luz ao longo do ano, o ICMS cobrado em cada Estado e o preço das distribuidoras locais.

59 GWh
foi a geração de energia solar fotovoltaica em 2015; a eólica gerou 21,6 mil no período

40 USINAS
da matriz operam hoje no país

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LEGÍTIMO, MAS ESGARÇADO

As vendas de couro ao exterior caíram 15% em valor, de janeiro a julho, para US$ 1,2 bilhão (R$ 3,9 bilhões), mas aumentaram 9% em área exportada.

A diferença se dá, segundo a CICB (câmara que representa o setor), pelos preços do mercado internacional, que tiveram redução no período.

"O segmento como um todo cedeu para manter os mercados, pois conquistar espaço em outro país é uma tarefa de anos", afirma José Fernando Bello, da entidade.

O pé quadrado (0,09 m²) do produto, que era US$ 2 em 2014, agora custa US$ 1,30. O calçadista nacional também reduziu a quantidade de couro usada nos sapatos, diz.

Nos sete primeiros meses deste ano, a produção de couro foi maior no Rio Grande do Sul (23%) e São Paulo (21%).

Apesar do primeiro semestre negativo, a entidade projeta uma alta de 10% nas exportações deste ano, em relação a 2015, pela perspectiva de fechar mais negócios com países asiáticos.

Vendas de couro ao exterior, de janeiro a julho, em US$ milhões - Exportações em valor, em US$

Vendas de couro ao exterior, de janeiro a julho, em US$ milhões - Exportações em valor, em US$

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TORCIDA ORGANIZADA

A Liga Retrô, rede de lojas de material esportivo que tem réplicas de uniformes famosos, vendeu cinco vezes mais camisas verde-amarelas durante a Olimpíada do Rio, em agosto, que no mês anterior.

A maior procura foi pela reprodução da que foi usada pela delegação brasileira nos Jogos de Helsinque, em 1952.

"Nós aumentamos o estoque para a Olimpíada, para estimular as vendas, que caíram após a derrota da seleção para a Alemanha, na Copa de 2014", diz Leonardo Klarnet, sócio da empresa.

Mesmo que o time de futebol masculino tenha começado o evento do Rio de Janeiro desacreditado, os torcedores usavam a roupa para assistir a outros esportes, avalia.

Durante a última Copa, a procura por camisas do Brasil aumentou na mesma proporção. "A diferença é que o torneio de futebol dura um mês, o que aqueceu as vendas por mais tempo", diz Marcelo Roisman, também sócio.

A rede, de 20 lojas, planeja abrir mais três neste ano.

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INGREDIENTE ESPECIAL

Matérias estranhas em alimentos industrializados, como pelos de roedores, larvas e insetos, causaram a retirada de circulação de produtos de sete empresas em 2016, aponta a Anvisa (vigilância sanitária nacional).

No ano passado, foi um caso, e no retrasado, outro.

O aumento acontece porque a regulamentação é de 2014, diz Claudia Darbelly, gerente de fiscalização sanitária de alimentos da Anvisa.

Como a fiscalização é feita por órgãos municipais, demora um tempo até que os serviços de vigilância do país tenham pleno conhecimento das determinações.

"A possível presença de fragmentos macro ou microscópicos nos alimentos processados, advindos da colheita, não representa risco à saúde humana", afirmou, em nota, a Abia (associação das indústrias da alimentação).

A ideia é que, com o processamento, esses fragmentos são tornados "inócuos".

"Não existe risco zero", responde Darbelly. "Esses animais podem trazer microrganismos patogênicos."

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Seleção... A Telefônica vai abrir um espaço em São Paulo para empreendedores ligados ao Centro Universitário Senac, de Santo Amaro. Serão cinco projetos com três alunos, número que deverá crescer.

...de start-ups Os jovens terão encontros com investidores e receberão formação. Projetos de maior potencial poderão vir a ser apoiados pela Wayra Brasil, aceleradora de start-ups ligada à companhia.

Restaurante A paranaense Apetit, que gerencia restaurantes corporativos, investiu R$ 10 milhões em uma fábrica de vegetais processados para serem fornecidos às suas unidades.

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HORA DO CAFÉ


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